Um hangar e muito synthpop no Meca 2015 em São Paulo

26/01/2015

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos: Camila Mazzini

26/01/2015

A edição paulistana do MECA 2015 foi a primeira tentativa de chegar mais perto do formato original realizado desde 2011 em Maquiné, região bucólica (quase rural) ao norte de Porto Alegre. Antes sufocado no Cine Metrópole, no centro de São Paulo, o MECA/SP foi transferido para o Hangar 001 do Campo de Marte, aeroporto de uso particular na zona norte da capital. O espaço, como já foi provado no festival Planeta Terra de 2013, é ideal para eventos diurnos, com um belo acesso ao metrô e sem terra e barro ou gramado para ser estragado.

Lá, o público pôde se espalhar pelo amplo espaço em torno do hangar, entre bancos de feno, sorvete de graça e o tão esperado open bar de cerveja. O hangar, apesar de ser um espaço ideal para o tamanho do público esperado (algo em torno de 5 mil pessoas), deixou alguns puristas decepcionados pela acústica ruim.

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A carioca Marcela Vale, ou Mahmundi, chegou ao palco pontualmente às 17h sem muita pretensão. Os poucos groupies da cantora que se concentravam à beira do palco foram os únicos que pareciam conhecer as canções de Mahmundi, assistida pelo canto do olho pelo resto do público que preferiu curtir o frescor do dia nublado do lado de fora do hangar. Aos poucos, o bom humor e entusiasmo de Marcela e seus dois acompanhantes (baixo e teclado) atraiu o público para a frente do palco, e o hit “Calor do Amor”, num ritmo mais batidão que o original, arrancou os aplausos merecidos dos curiosos que chegaram para pegar o fim do show.

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Os gaúchos do Wannabe Jalva batem cartão no MECA desde a primeira edição em 2011, ou seja, eram quase os anfitriões da festa. Ainda assim, o som indie rock construído por três guitarras bem aproveitadas parecia estar um pouco deslocado por ali, apresentado ao público que veio sedento para ouvir um synthpop.

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E os desejos foram atendidos. A banda Aldo (ou “Aldo The Band”) entregou o tão esperado clima de balada para os presentes. Um neon gigante sobre o palco e o agito insuperável dos irmãos André e Murilo Faria enfim instalaram a pista de dança dentro do Hangar 001, bem a tempo do pôr-do-sol e a chegada das luzes estroboscópicas.

Uma pausa mais longa, devido ao cancelamento imprevisto da banda Years&Years, não esfriou os ânimos e dividiu o público entre as duas cabines de DJs na área externa.

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A banda Citizens! chegou ao palco um pouco ressabiada. Aos poucos, talvez surpresos pelo grande número de fãs que se apertavam na beira do palco, os cinco britânicos foram se soltando e ficando mais coerentes ao clima de dancinhas good vibe de suas músicas. O vocalista Tom Burke foi pra galera algumas vezes e parecia realmente feliz por ter tantos groupies brasileiros. Burke, à vontade com muita performance e drama, chegou até a trocar o figurino e tentar algumas frases em portunhol – “como estan, essepê?” foi uma delas. Os hits “True Romance” e “I’m in Love With Your Girlfriend” foram guardados com preciosidade para o final apoteótico.

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A dupla AlunaGeorge, representada apenas por Aluna Francis na ausência misteriosa de George Reid, chegou com postura de headliner e soltou grande parte de seus hits em uma única sequência de 45 minutos, quase sem respirar. Com seu timbre de Lisa Left-Eye do TLC, a vocalista britânica até engana como uma diva do R&B norte americano. Mas quem estava lá para ver as belas coreografias dos clipes de “You Know You Like It” e “Best Be Believing” se contentou apenas com o charme e a beleza de Aluna Francis. Uma canção nova e um cover de “White Noise”, do Disclosure, completaram o repertório cantado quase integralmente pela plateia empolgadíssima, que não pareceu sentir a ausência de George Reid.

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O tão esperado La Roux, projeto da ruiva Elly Jackson, é sucesso extraordinário desde 2009, quando “Bulletproof” foi lançada e não saiu mais das pistas. “In for the Kill”, “I’m Not Your Toy”, “Let Me Down Gently”, “Sexotheque”, “Quicksand” e todas as outras canções do set-list também são hits absolutos e eram aguardados com expectativa pelo público. Ao vivo, o som tinha algo de familiar: o vocal era idêntico às versões de estúdio e a suspeita de playback pairou sobre o Hangar 001. Ainda assim, o público se jogou sem preconceitos e a postura misteriosa de Elly Jackson, sustentando um belíssimo e intocável topete, hipnotizou a todos até o último minuto do MECA 2015.

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26/01/2015

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