Sublime with Rome satisfaz Porto Alegre

19/05/2011

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

19/05/2011

Por Giordano Benites Tronco

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Até o momento do show, ainda havia quem não soubesse que o baixista Eric Wilson seria o único membro da formação original do Sublime a subir ao palco do Pepsi on Stage. Alegando problemas com a família, o baterista, Bud Gaugh, deu bolo na apresentação e foi a terceira grande ausência da noite. As outras duas foram o vocalista e guitarrista Bradley Nowell, morto em 1996 por overdose, e o agora igualmente defunto mascote da trupe, o dálmata Lou Dog. Como disse um fã da banda às portas do show, estávamos prestes a ver a melhor banda cover de Sublime do mundo.

Mas a fila quilométrica que se formou naquela noite era incompatível com o público regular de uma banda cover. Como resultado, boa parte das pessoas não conseguiu entrar a tempo de ver o show de abertura da Second Hand, esta sim uma banda cover de Sublime assumida. E, ainda que tivessem pago uma boa grana por dois Sublimes “de mentirinha”, ninguém ali parecia insatisfeito ou enganado. Todos ali estavam cientes de que não era um show do Sublime, e sim do Sublime “with Rome”, e não pareciam se importar muito com isso.

Quem procurava por uma apresentação à la 1995 saiu frustrado, pois o novo vocalista Rome Rodrigues aproxima-se mais do Bradley das gravações do que o dos shows. A plateia, formada por fãs menos ortodoxos, entendeu isso. Não havia nenhum punk em meio à multidão, e isso se sentiu principalmente pela quantidade reduzida de rodas de pogo, que ocorreram em meio a apenas duas ou três músicas mais rápidas – a de Date Rape é digna de menção. Ao contrário, a maior parte da plateia era de jovens de não muito mais que vinte anos. Estes curiosamente achavam os shows com o novo vocalista Rome Rodrigues melhor que os com Bradley, que, segundo um deles, “porralouqueava demais” ao vivo. Os punks teriam algo a dizer sobre isso.

Melhor ou não, há que se reconhecer o talento de Rome. O cara consegue emular o estilo de Bradley perfeitamente, sem as maluquices que o líder original da banda inventava ao vivo, mas ao menos de forma eficiente e convincente. E isso foi o suficiente para quem estava lá. Os que compraram seu ingresso pensando em ver um tributo de alto nível a uma grande banda saíram satisfeitos. O baterista reserva, Matt Ochoa, também não deixou na mão, e Luke Wilson tocou bem, apesar de parecer desconfortável durante toda a apresentação. A banda presente no Pepsi on Stage, apesar de não ser o Sublime que os fãs conhecem, cumpriu bem o seu papel. Faltou apenas encontrarem um novo dálmata.

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19/05/2011

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