Cavalera Conspiracy: porrada em Porto Alegre

15/09/2014

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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15/09/2014

O último domingo, 14, foi quente em Porto Alegre. E não é das altas temperaturas registradas nos termômetros que estou falando. É do aguardado show do Cavalera Conspiracy, que rolou no lotado Opinião.

Quem abriu os trabalhos foi a banda Capadócia. Com uma apresentação enérgica, pesada, com riffs cortantes, o quarteto deixou o terreno pronto pra gangue liderada pelos irmãos Cavalera, Max e Iggor – completam a banda Marc Rizzo (guitarra) e Tony Campos (baixo). E eles subiram ao palco às 21h30min, mandando “Infliked” (primeiro single do álbum homônimo) logo de cara, já deixando claro que o reencontro com os fãs de Porto Alegre seria regado à muita porradaria!

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Carismático e interagindo muito com o público (o que, confesso, foi uma grande surpresa), Max saudou os gaúchos na sequência e já convocou o quarteto para “Warworld” e “Torture”, ambas do disco Blunt Force Trauma (2011). Após este set, já dava pra ouvir os primeiros gritos da plateia clamando por Sepultura – não por menos, já que, em novembro, completam-se 20 anos da última aparição dos irmãos juntos por aqui -, e a resposta veio com uma sucessão de hits: “Beneath The Remains”, “Desperate Cry”, “Troops Of Doom”… E o Opinião veio abaixo.

A partir daí a mensagem foi bem clara – ao menos pra mim que, em 1994, durante aquela tour do Sepultura com os Ramones, tinha apenas sete anos: ver os dois juntos no palco, com toda aquela energia, é algo surreal! Vale ressaltar a energia de Max no palco. São quase 30 anos de cancha, e ele segurando a onda com total maestria, cantando, batendo cabeça e colocando a banda pra frente, enchendo os olhos dos fãs, principalmente os de longa data.

A banda ainda apresentou “Babylonian Pandemonium” e “Bonzai Kamikaze”, dois sons do que promete ser o disco mais pesado da banda, “Pandemonium”, que está prestes a ser lançado. O show também contou com a participação de Richie Cavalera, dividindo os vocais com o pai, Max, em “Black Ark”, som pegado, que revive bastante as influências do Chaos A.D. (1993).
N.R.: Richie, na verdade, é enteado de Max, mas é tratado como filho pelo músico e o acompanha desde pequeno. Oficialmente, ele trabalha na lojinha do Cavalera Conspiracy mas, sempre que rola, dá umas canjas, já que também segue carreira na música.

A segunda metade do show, foi pra deixar os fãs de Sepultura boquiabertos. Um set inteiro só de clássicos. “Porto Alegre, agora é hora de relembrar”, anuncia o frontman segundos antes de chamar “Arise”. Imediatamente, os fãs entoam o refrão “I see the world!” a plenos pulmões. Iggor, então, devolve com “Territory”, espancando a bateria e mostrando porque é um dos melhores no instrumento.

O set final do show contou com um medley de “Inner Self” e ‘Attitude”, mas ainda teve um bis. “Orgasmatron” (clássico do Motörhead, gravado no disco Arise, de 1991) e, como não poderia deixar de ser, “Roots Bloody Roots”, encerraram com chave de ouro esta grande noite de celebração do metal brasuca. Era isso, aliás, que eu pensava cada vez que olhava aquela bandeira do Brasil hasteada no palco.

Fotos: Rafael Rocha

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No player, você ouve o set list quase completo do show. Só faltam mesmo as faixas do “Pandemonium”, disco previsto pra 2014.

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15/09/2014

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