Review | Em ‘Coexist’, o trio londrino The xx revela surpresas agradáveis

22/10/2012

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

22/10/2012


Artista: The xx

Álbum: Coexist

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Gravadora: Young Turks/Lab 344

_por Daniel Sanes

 

 

Há quem diga que o futuro de uma banda depende basicamente da qualidade de seu segundo disco, já que existe sobre ele toda uma expectativa que não havia em cima do primeiro. Alheio a qualquer pressão, e três anos depois da autointitulada estreia, o The xx lança Coexist, álbum em que, aparentemente, não move uma palha para surpreender os fãs. Aparentemente.

O ex-quarteto, agora reduzido a trio, mostra uma evolução sutil em suas composições, especialmente no que diz respeito ao modo como as vozes de Romy Madley Croft e Oliver Sim são utilizadas. Não é por acaso que os melhores momentos do disco são resultado da perfeita interação entre elas.
Minimalismo e simplicidade, dois termos aplicados à exaustão ao primeiro álbum dos britânicos, continuam valendo aqui. Seria injusto, no entanto, dizer que o disco não acrescenta em relação ao anterior. Sim, Coexist conquista o ouvinte pela sensação de conforto ao oferecer algo a que ele já está acostumado. Aos poucos, porém, revela algumas surpresas – pequenas, mas bem agradáveis.

Acompanhe o faixa a faixa:

1. “Angels” – Romy desarma qualquer um já na primeira faixa. O ritmo suave e a guitarrinha marcada do xx servem de fundo para a performance da moça, de derreter o coração.

2. “Chained” – Oliver se junta a Romy para o primeiro bom dueto do disco, em uma batida dançante e um refrão simples, porém forte: “We used to be closer than this”.

3. “Fiction” – Quebrada e repleta de texturas, com Oliver comandando os vocais, esta faixa segue o ritmo da anterior, com um pouco menos de suavidade.

4. “Try” – Um dos momentos mais sofridos do álbum, por conta da letra dolorosa (o disco é essencialmente sobre relacionamentos e, portanto, cheio de letras dolorosas), mas também por causa das guitarras cortantes.

5. “Reunion” – Uma leve tensão marca a canção, que cresce a partir da metade. Mérito do produtor e responsável pelos beats, Jamie Smith.

6. “Sunset”- O ritmo dançante e até as guitarras parecem se repetir, mas “Sunset” tem uma das melhores melodias vocais de Coexist, o que torna irrelevante um possível autoplágio.

7. “Missing” – Começa com uma leve influência de soul, depois diluída por uma guitarra mais cortante que o habitual. É interessante porque mostra várias facetas do The xx, ao mesmo tempo em que proporciona um clima diferente. Três minutos e meio de dor e beleza.

8. “Tides” – Suingue e uma boa combinação de vozes fazem desta uma daquelas músicas que você gosta logo de cara.

9. “Unfold” – Um pouco arrastada, talvez até demais. “Unfold” não é ruim, mas decididamente não está no nível das outras faixas.

10. “Swept Away” – Mais um daqueles momentos sublimes em que a dupla vocal mostra que entrosamento é tudo. O som metálico dos beats também é contagiante.

11. “Our Song” – Exala fofura, ou quase isso. Na verdade, é uma música que, se estivesse no meio do disco, você provavelmente “pularia” após o primeiro minuto. Como é a última, porém, acaba prestando mais atenção e percebendo sua beleza.

Avaliação: Dá um caldo

Pra quem gosta de: Bon Iver, James Blake e Lykke Li

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22/10/2012

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