Savoir Adore sonhando no Brasil

29/01/2014

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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29/01/2014

Foto: Ariel Fagundes

No Brasil, pela primeira vez, o Savoir Adore é uma das bandas que conseguiu deixar o cenário underground de Nova York para escrever a sua própria história, de maneira totalmente independente, longe dali. O grupo, que nasceu das ambições da dupla Paul Hammer e Deidre Muro, vai, aos poucos, pensando no que dizer no seu próximo disco. “Our Nature”, lançado em junho, pode até ser o melhor cartão de visitas da banda, mas os fãs já estão ansiosos para saber o que vem pela frente.

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“Não saberia dizer como será o nosso próximo álbum”, contou Hammer para a NOIZE, numa entrevista exclusive às vésperas da banda viajar para tocar nas três edições do Meca Festival pelo Brasil. No entanto, a principal novidade do Savoir Adore em terras brasileiras ficará por conta da sua “nova” formação. O duo de dreampop conta hoje com o reforço de uma banda completa por trás.

Mas o que o líder do Savoir Adore estaria fazendo se a sua banda não tivesse atingido o público de maneira tão certeira com o álbum “Our Nature”? A nossa conversa com Paul Hammer foi para além da música. E nós nunca imaginamos o lado gastronômico do rapaz.Os melhores momentos da nossa conversa você confere aqui embaixo:

As famílias de vocês já possuíam uma relação bem íntima com a música antes de vocês formarem o Savoir Adore. Vocês sentiram algum tipo de pressão para seguirem o mesmo caminho?

Não sofremos nenhum tipo de pressão. Em compensação, acho que as nossas famílias nos encorajaram bastante, nos passaram uma energia muito positiva para que tivéssemos uma banda. Eu cresci em meio à música, ela sempre foi uma parte importante da minha vida. E eu acho que os nossos pais estão bem satisfeitos em ver que seguimos adiante com os negócios da família (risos).

“Our Nature” é um disco que possui muitos mais elementos eletrônicos do que o primeiro, “The Adventures of Mr. Pumpernickel and the Girl with Animals in Her Throat”. Há alguma coisa que vocês ainda não tiveram coragem de experimentar no som do Savoir Adore, mas que gostariam de tentar já num próximo álbum?

A gente procura sempre experimentar e desafiar um ao outro quando entramos em estúdio. No entanto, eu não saberia dizer como será o nosso próximo álbum, se continuaremos buscando novas elementos ou se investiremos em uma sonoridade mais coesa e enxuta em ritmos. Eu falo isso porque iremos gravar o nosso terceiro disco como uma banda completa, pela primeira vez. Não será só eu e a Deidre assumindo as rédeas, mas sim cinco músicos dividindo todos os instrumentos. Só isso já será uma experiência nova.

Quais foram os principais desafios que vocês enfrentaram para escrever o álbum “Our Nature”?

O principal desafio foi compor em meio à pressão exterior que exisita sobre o nosso trabalho. O nosso primeiro álbum teve um bom retorno e algumas pessoas estavam realmente esperando o nosso próximo passo. Isso é uma coisa que pode levar todo o seu trabalho por água abaixo, ainda mais quando se trata de um novo projeto, como era o Savoir Adore na época. Eu acho que a gente aprendeu a lidar com essa cobrança e até conseguimos nos divertir durante a criação de “Our Nature”.

Quando vocês sabem que uma composição do Savoir Adore está pronta?

Eu diria que essa é a parte mais difícil, ainda mais porque a gente se diverte muito lapidando as nossas músicas. Às vezes, ficamos fazendo isso por horas, ou até por dias. Mas, respondendo a sua pergunta, eu acho que dá para perceber sim quando uma música está pronta. Com a gente, isso acontece num momento que nos damos conta que nenhum outro elemento entra na composição de maneira natural. Há um ponto em que eu sinto que estamos forçando uma coisa que não vai dar certo. É nessa hora que eu digo para parar.

A música “Dreamers” foi usada como trilha sonora do jogo de videogame Pro Evolution Soccer 2013. O licenciamento é hoje a maneira mais indicada para quem quer ganhar dinheiro com música?

O nosso empresário que cuidou de tudo. Mas, respondendo a sua pergunta, eu diria que licenciar “Dreamers” foi algo muito importante e imagino que seria também para qualquer outro artista, iniciante como a gente. O licenciamento é uma forma muito interessante de financiar o seu trabalho e de apresentar as suas músicas para milhares de pessoas que sequer sabem que você existe. Para você ter uma ideia, depois que a nossa música foi incluída no PES 2013, o clipe de “Dreamers” atingiu a marca de um milhão de views no Youtube. E foi também por causa do jogo que hoje temos uma base sólida de fãs fora dos Estados Unidos.

O que vocês estariam fazendo hoje se não estivessem com o Savoir Adore?

Eu adoro cozinhar! Eu acho que se eu não fosse um músico professional hoje em dia, eu certamente teria me tornado um chef de cozinha. Aliás, euu tenho um plano muito concreta de entrar numa escola de culinária daqui alguns anos, quando eu estiver um pouco mais velho.

Por falar nisso, qual é a melhor refeição para se fazer antes e depois dos shows?

O importante é beber bastante água – bastante mesmo. Seguir uma boa alimentação não é uma das coisas mais fáceis do mundo quando se está em turnê, mas eu tenho o cuidado de sempre comer coisas saudáveis, o tempo inteiro. Para antes dos shows, por exemplo, eu costume pedir um prato de macarrão feito no melhor estilo asiático, com pimenta. A receita ajuda a manter as minhas cordas vocais aquecidas para o show.

O Savoir Adore é uma das grandes atrações do Meca Festival, que vai agora para o Rio de Janeiro e para São Paulo. O show de vocês será especial por algum motivo?

Nós estamos muito empolgados com a nossa primeira turnê pelo Brasil! No Meca Festival, no Rio Grande do Sul, nós tocamos em um lugar lindo, a céu aberto, com o público todo cantando “Dreamers” com a gente. Tenho certeza que tocar no Rio e em São Paulo será uma experiência enriquecedora para todos nós.

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29/01/2014

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