Se hoje você ouve Interpol, agradeça a Ian Curtis

18/05/2010

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Por: Revista NOIZE

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18/05/2010

Texto: Gabriella Scott

No dia 15 de julho de 1956, nascia Ian Kevin Curtis.

Enquanto a maioria dos garotos venerava os Beatles, Ian admirava David Bowie, Velvet Underground e Iggy Pop. Enquanto grande parte dos garotos almejava se formar, Ian sonhava em ser cantor. Enquanto os garotos brincavam com seus amigos, Ian fumava seus cigarros.

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Ian Curtis, ao lado de Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris, integrou e liderou o Joy Division, banda que evoluiu de um som sujo, estilo punk, para melodias mais trabalhadas e letras herméticas, densas – compostas pelo próprio Ian.

Gênio problemático e anti-social que era, o frontman do Joy Division sabia como ninguém colocar no papel a solidão, o desespero e a dor. Versos como “I’ve got the spirit, but lose the feeling” são universais  e emocionam até hoje.

A vida pessoal de Ian poderia ser definida como “conturbada”. Casou-se cedo com Deborah Curtis, com quem teve a filha Natalie. Durante uma turnê, conheceu Annik – sua futura amante. O caso foi descoberto e a união de Ian sofreu um abalo, entrando em uma grande crise.

Aliada a todos esses conflitos está a doença de Ian: epilepsia (durante os shows, ele tinha ataques epiléticos que eram confundidos com sua excêntrica coreografia).

Ian assistiu à Stroszek [filme do diretor alemão Werner Herzog], escutou o disco The Idiot, de Iggy Pop e se enforcou com a corda do varal de sua casa: essa foi sua última performance.

No dia 18 de maio de 1980, morria Ian Kevin Curtis – o precursor daquilo que hoje chamamos pós-punk.

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