No dia 15 de julho de 1956, nascia Ian Kevin Curtis.
Enquanto a maioria dos garotos venerava os Beatles, Ian admirava David Bowie, Velvet Underground e Iggy Pop. Enquanto grande parte dos garotos almejava se formar, Ian sonhava em ser cantor. Enquanto os garotos brincavam com seus amigos, Ian fumava seus cigarros.
Ian Curtis, ao lado de Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris, integrou e liderou o Joy Division, banda que evoluiu de um som sujo, estilo punk, para melodias mais trabalhadas e letras herméticas, densas – compostas pelo próprio Ian.
Gênio problemático e anti-social que era, o frontman do Joy Division sabia como ninguém colocar no papel a solidão, o desespero e a dor. Versos como “I’ve got the spirit, but lose the feeling” são universais e emocionam até hoje.
A vida pessoal de Ian poderia ser definida como “conturbada”. Casou-se cedo com Deborah Curtis, com quem teve a filha Natalie. Durante uma turnê, conheceu Annik – sua futura amante. O caso foi descoberto e a união de Ian sofreu um abalo, entrando em uma grande crise.
Aliada a todos esses conflitos está a doença de Ian: epilepsia (durante os shows, ele tinha ataques epiléticos que eram confundidos com sua excêntrica coreografia).
Ian assistiu à Stroszek [filme do diretor alemão Werner Herzog], escutou o disco The Idiot, de Iggy Pop e se enforcou com a corda do varal de sua casa: essa foi sua última performance.
No dia 18 de maio de 1980, morria Ian Kevin Curtis – o precursor daquilo que hoje chamamos pós-punk.