Ele prefere o som dos vinis – CDs nunca o deixaram muito feliz. Foi por isso que Johnny Marr, guitarrista fundador dos Smiths, voltou aos estúdios 25 anos após Strangeways, Here We Come, o quarto e último lançamento de estúdio da banda.
Com mastertapes originais em mãos, queria fazer as coisas de novo, do jeito certo. Resultado: oito álbuns dos Smiths remasterizados e recém lançados pela Rhino Records. Entre o octeto está a coletânea The World Won’t Listen, de 1987.
“Eu sabia que havia muita música escondida lá dentro”, disse Marr. Para o guitarrista, foi mais uma restauração que propriamente uma remasterização. Ele afirma não ter acrescentado nada, e sim “trazido para fora” o material já existente.
Os Smiths, ativos entre 1982 e 1987, e influentes até hoje, trazem boas lembranças à Marr. Com uma boa dose de memória, o guitarrista não teve grandes surpresas ao retomar as canções, mas gostou de relembrar: “Nós éramos realmente jovens e preenchidos por um tipo poderoso de paixão”, declarou.
Sobre o retorno do grupo? A única coisa que ele sabe é que ele e Morissey, vocalista da extinta banda, são muito diferentes. Mas que “seria bom fazer tantas pessoas felizes” – com a reunião dos caras.