The Cult

28/10/2008

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Por: Revista NOIZE

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28/10/2008

por Ricardo Finocchiaro

Como é incrível a força que os anos 80 ainda têm sobre as pessoas. Uma banda que não lança nada significativo faz anos, chegam na cidade e conseguem arrebatar cerca de duas mil pessoas, isso que os valores dos ingressos não eram nada convidativos. Como é atraente o som do The Cult, pesado e dançante, um hard rock de pista, animado, com punch e sedução. Não me recordo de nenhum grupo atual que consiga fazer isso hoje em dia, colocar peso nas guitarras e ao mesmo tempo ter a capacidade de envolver quem o escuta dessa maneira, talvez os mais próximos seja o HIM e o The 69 Eyes. Um grupo recheado de sucessos que marcaram uma década, subiram ao palco pouco depois do horário divulgado, com pontualidade quase britânica como eles mesmos. A faixa de abertura do show é ‘Nirvana’ que faz parte do disco de maior sucesso chamado ‘Love’ – aquele do coraçãozinho na capa lembram? – seguida de outra faixa deste mesmo álbum chamada ‘Rain’, já deixando o público à vontade e saciando aquele desejo inicial por clássicos da banda. A primeira música do novo álbum é ‘I Assassin’, muito boa por sinal, mas sem dúvida, sem conseguir levantar o público como os demais clássicos. O público que por sua vez era composto por pessoas na faixa dos trinta e poucos anos, muitos curiosos fãs dos anos oitenta e não necessariamente do grupo inglês. Notava-se isso, pois nem sempre, com excessão das músicas conhecidas, o público acompanhava com fervor ou cantando os sons. Por falar em som, detalhe para uma boa qualidade sonora dos PA’s do Pepsi on Stage, apesar de um volume um pouco excessivo. Ian Astbury impressionantemente segue cantando muito com aquele vozeirão todo, claro, com o passar do tempo ele sabe poupar a voz, mas não compromete de maneira nenhuma o espetáculo. Billy Duffy, o outro remanescente da formação original do The Cult, seguia preciso com sua guitarra e seus efeitos nos pedais. O restante da banda mandou muitíssimo bem, mantendo o alto nível das composições do grupo: Chris Wyse (Baixo), Mike Dimkitch (Guitarra base) e John Tempesta (Bateria) – com destaque para o excelente desempenho deste último que já trabalhou com grandes nomes do metal como Exodus, Testament e White Zombie. Como não poderia deixar de ser, não faltaram os hits ‘Wild Flower’, ‘Sweet Soul Sister’, ‘Love Removal Machine’ e, para fechar, o absoluto ‘She Sells Sanctuary’. Só ‘Revolution’ ficou de fora do set, talvez por poder ‘destoar’, a julgar pelo ritmo dado pela banda neste show.

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28/10/2008

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