A falta de respeito do Blink 182 com os fãs

05/03/2015

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

05/03/2015

Aqui vai um texto sincero de alguém que já ouviu muito Blink 182 durante a adolescência e que no início das polêmicas sobre a saída de Tom Delonge se negou a saber das discussões, tentando não apagar boas memórias daqueles três amigos hilários que já me influenciaram tanto. Saber por Mark Hopppus que o companheiro de banda Tom havia saído e, logo após, o mesmo tentar desmentir o fato indica uma falta de comunicação imensa no grupo e isso acaba respigando nos fãs, claro.

Desde que voltaram em 2009, depois de um hiato de quatro anos, o diálogo entre eles sobre os próximos lançamentos da banda se deu, basicamente, por e-mails e mensagens enviadas pelos empresários. Aliás, o próprio retorno do Blink foi um pouco duvidoso. Nada indicava que eles iriam se reunir novamente, mas um acidente de avião em setembro de 2008, que deixou o baterista Travis Barker com queimaduras de terceiro grau em todo corpo, foi o bastante para comover Tom e Mark. No ano seguinte, o Blink estava de volta e em 2011 eles estrearam o disco Neighborhoods para a alegria de muitos fãs, mas não para aqueles que esperavam um registro como nos velhos tempos.

*

Se já não bastasse assistir ao dessentimento entre os integrantes, ainda sai a notícia que Tom Delonge estaria preparando o lançamento de um disco de demos, inclusive do Blink, intitulado To The Stars (veja uma prévia das faixas no site do músico). Sério, Tom? Ficou feia essa saída da banda como uma forma de se promover.

Quem não ficou nada feliz com isso também foi Travis Barker, que soltou os cachorros com frases como “é difícil cobrir alguém que é desrespeitoso e ingrato” e “acho que a melhor coisa que ele tem a fazer é ser homem e deixar a banda, em vez de ficar dizendo às pessoas que não saiu”. Para Travis, o punk foi apenas uma fase para Tom, que depois de “crescer” não se identificava mais com o estilo (ouça Angels and Airwaves e você vai entender o que ele está falando). Essa também foi uma das razões do hiato em 2005 ter acontecido: os objetivos dos três, principalmente do Tom em comparação aos outros dois, eram muito diferentes. Também teve a questão dos projetos paralelos, do Tom ter chamado em 2002 somente o Travis pra tocar no Box Car Racer e a formação do +44 em 2005 com Travis e Mark que Tom ficou sabendo apenas meses depois por uma notícia.

O mais estranho é que pela primeira vez o Blink parece que vai continuar mesmo sem Tom. Depois de publicar uma foto no Instagram de um estúdio vazio com a legenda “ensaios do blink-182”, e soltar a suspeita de que a banda já havia encontrado um novo guitarrista, uma nova foto foi postada há três semanas confirmando a entrada de Matt Skiba. Ele tem um estilo parecido com Tom e toca também em outro trio (Alkaline Trio). Se ele será membro permanente ou temporário, isso ainda não sabemos. Comparando Tom Delonge a Matt Skiba, Travis foi direto ao ponto: “ele realmente está tocando guitarra em vez de mexer no Pro Tools”.

rehearsals.

Uma foto publicada por Mark Hoppus (@markhoppus) em

Muitos preferem ver sua banda preferida acabar do que ficar sem um integrante. Eu prefiro a fase dos quatro primeiros discos, nem acompanhem o grupo depois que voltaram. Mas o paradeiro do Blink ainda é incerto e acredito que os fãs nostálgicos, como eu, não estão gostando nada dessa falta de comunicação da banda e de Tom Delonge usando sua saída para chamar atenção para seus outros projetos. A volta do Blink talvez não era para ter acontecido, pelo menos não antes de Tom estar comprometido com a música do trio, o que não aparentava desde o retorno em 2009.

É até um pouco triste ver uma de suas bandas favoritas se desgastar dessa forma. Só queria botar minha camiseta da Atticus, fechar os olhos, dar play no meu Buddah e imaginar que ainda tenho 13 anos e não vejo a hora de fazer 23.

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05/03/2015

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