Depois de trocarem uma ideia com o Boogarins, agora é a vez da Wannabe Jalva ser entrevistada por Thiago Pethit. Os três nomes fecham o line-up da primeira edição do BRGMOTA NIGHTS, em Porto Alegre.
Vocais melódicos e sem deixar de lado o groove nos instrumentais atmosféricos, a Wannabe Jalva já tem um caminho trilhado tanto aqui quanto no exterior. As letras em inglês podem tornar a aceitação gringa mais fácil, mas o som da Jalva não tem barreiras. Um pouco mais sobre a história da banda você descobre logo abaixo com as respostas às perguntas de Thiago Pethit:
Thiago Pethit – Who the fuck is Jalva? E vocês querem mesmo ser o tal?
Wannabe Jalva – Jalva foi uma pessoa próxima, que conhecemos e convivemos por um tempo! Era uma pessoa doce e querida, mas o nome da banda veio muito mais de uma brincadeira envolvendo a cadela dela, que queria ser como ela. Hoje em dia “Jalva” virou pra nós o não-limite, a luz no fim do túnel, todas aquelas coisas novas que ainda não alcançamos e que queremos vivenciar.
TP – Sei que vocês já abriram shows para grandes nomes e artistas internacionais como Jack White e Pearl Jam. Pra mim, fazer a abertura de um show, é sempre algo assustador. Como foi abrir pra esses caras? Já teve algum desses shows que foi assustador ou sempre foram positivos?
WJ – Pra nós essa questão era assustadora até o show do Pearl Jam. Tudo parecia adverso, desde tocar em um estádio cheio pela primeira vez até um público enorme que não está lá para ver você e, muitas vezes, é impaciente. Mas tudo deu tão certo que até o próprio Pearl Jam curtiu e isso se tornou algo bem maior que o esperado. Daí quando veio o Jack White também rolou aquele friozinho, mas a galera foi demais e super apoiou na plateia.
TP – Por onde vocês acham que anda o rock brasileiro?
WJ – O rock brasileiro está no mundo! Cada vez mais. É demais ver as não fronteiras que estão presentes no cenário atual e como artistas conseguem passear nas diferentes culturas de diferentes países levando na bagagem o “ser” brasileiro. O rock não tem fronteiras, nunca teve! Tem muita gente talentosa por aí… Temos tido a chance de tocar em festivais pelo país afora e é gratificante sentir admiração por tantos artistas.
TP – Um dos meus maiores baratos é misturar música e imagens. Seja na linguagem videoclipe, lyric videos ou simplesmente investindo nas fotos da turnê. Sei que vocês têm alguns vídeos bem incríveis online. Qual a preocupação da banda com isso e como surgiram os vídeos de “The Way” e “Miracle”?
WJ – Primeiro que seus videos são muito incríveis também! Parabéns. No nosso caso, curtimos muito essa questão de linkar imagem à música, parece que uma coisa foi muito feita pra outra e o ganho é enorme! “The Way” é um lyric video feito para promover a música antes que nos apresentássemos no Lollapalooza de 2013, e tem milhares de imagens – muitas delas de amigos que admiramos – tentando passar as sensações do que cantamos na letra! Já “Miracle” foi um trabalho todo planejado e envolveu uma galera. O filme foi dirigido por um amigo muito talentoso, Antonio Torriani, e mostra três histórias que se cruzam nos milagres diários cotidianos da vida de cada um.
TP – As pessoas atormentam muito vocês por comporem em inglês? Eu já sofri um pouco com isso mas depois passou. Vocês se preocupam com isso? Compor em português é um anseio da banda ou isso não importa?
WJ – A gente não tem muito do que reclamar em relação a isso, as pessoas nunca nos encheram o saco para fazermos “x” ou “y”. Vemos musica como uma arte, compôr é como pintar um quadro, você está se expressando ali de alguma forma e não importa que forma é essa, é apenas a vontade de se comunicar, de botar algo pra fora! Acho lindo quem compõe em português e tem algo bom a dizer.. temos uma cacetada de ídolos da música brasileira, mas pra nós ainda não aconteceu. Também não tentamos muito, o inglês sempre nos atraiu, sempre soou natural. Mas se você quer saber, se um dia o português bater na porta ele será bem vindo e o deixaremos entrar.
BRGMOTA NIGHTS – Boogarins, Thiago Pethit, Wannabe Jalva
Quando? 29 de abril
Onde? Opinião (Rua José do Patrocínio, 834. Porto Alegre/RS)
Que horas? Boogarins (22h), Wannabe Jalva (23h15), Thiago Pethit (0h30)
Quanto? R$ 35 (1º lote), R$ 40 (2º lote)