Revisite a trajetória do compositor que inspira a lei de apoio ao setor cultural em meio à pandemia de Covid-19.

Aldir Blanc, o homem além da lei

Por: Brenda Vidal Imagem: Reprodução.

O carioca nasceu em 2 de setembro de 1946 e cresceu entre os bairros da Estácio e Vila Isabel.

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Os anos 60 marcam sua adolescência e seus primeiros contatos com a música. Aos 16, começa a compor; aos 17, aprende a tocar bateria e funda o grupo Rio Bossa Trio.

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No ano em que se forma, conhece João Bosco, com quem desenvolveria uma parceria musical marcante na cultura brasileira. Os anos 70 e 80 são os mais gloriosos.

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Ao longo da carreira, escreveu mais de 600 canções, algumas delas eternizadas nas vozes de intérpretes como Fafá de Belém, Clara Nunes (foto) e Elis Regina.

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Elis, inclusive, foi a principal cantora a interpretar as criações de Blanc e Bosco. Destaque para “O Bêbado e  a Equilibrista”, lançada em 79, que se tornou o hino do movimento pela anistia e pela defesa do fim da ditadura militar.

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Dado à escrita, Aldir também fez carreira como cronista. Colecionou passagens pelas revistas O Pasquim, Bundas, e jornais como O Globo e Jornal do Brasil, além de ter lançado livros reunindo suas crônicas.

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Em 1991, após um acidente de carro traumático, Blanc desenvolve fobia social. A partir desse ano, ele começa a viver recluso em sua casa. 

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Em 10 de abril de 2020, ele foi hospitalizado em decorrência de infecção urinária e pneumonia. Depois de parar na UTI, ele foi diagnosticado com a Covid-19. No dia 4 de maio, Aldir faleceu, deixando esposa, filhas, netos e um bisneto.

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Sua partida causou grande comoção na classe artística. Em 29 de junho de 2020, a Lei nº 14.017, que destina apoio financeiro aos artistas e entidades culturais brasileiras em meio à pandemia de Covid-19, é aprovada no Congresso Nacional e leva o nome de Lei Aldir Blanc.

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