Como o brega funk revolucionou a economia criativa recifense e conquistou o Brasil?
FOTO: Reprodução | Instagram @dodanalog
Por: Nicolle Cabral
Em 2008, em Recife, capital de Pernambuco, os bailes funks sofreram com uma fiscalização mais rígida e isso fez com que o público e os MCs se afastassem das confraternizações. Como consequência, isso enfraqueceu a economia local.
Naquela época, os MCs já incorporavam outras influências musicais, principalmente do brega, o que ampliou ainda mais o alcance do gênero romântico.
Com a mudança de cenário, o brega-funk acabou crescendo dentro de um circuito de apresentações feitas em casas de show, principalmente com a chegada do famoso “passinho”.
Imagem: Bruna Costa
Imagem: Magnatas do Passinho | Divulgação
Com muita expressividade, o sucesso do bregafunk e do passinho começou a estimular grandes encontros entre as comunidades para duelos dançantes.
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Aos poucos, em qualquer praia, festas ou boates era possível ouvir as batidas metalizadas e ver alguém se debruçando em movimentos cada vez mais criativos.
Imagem: José Ribamar | Unsplash
Além das canções e artistas ganharem mais espaço, outro fator contribuiu financeiramente para que o movimento transformasse as comunidades: criar o próprio estilo.
Imagem: Divulgação | Shevchenko e Elloco
Cabelos verdes, amarelos, camisetas chamativas e cortes estilizados são característicos dos adeptos do passinho.
Imagem: Divulgação | MC Loma e As Gêmas Lacração
Com isso, para reduzir o consumo das grandes marcas, os comércios locais e artistas passaram a investir no estoque de moda endossado pelo bregafunk - e seguido por milhares de jovens.