Por: Nicolle Cabral

O que as love songs fazem com o nosso cérebro?

Seja na hora de sofrer por um amor ou curtir a vibe apaixonade, uma boa love song sempre aparece na playlist.

A fim de investigar isso, na 111ª edição da Noize convidamos Julie Wein, Doutora em Neurociência pela UFRJ para dissecar as atividades cerebrais que podem estar relacionadas com isso.

Na hora de curtir uma boa fossa ou ficar meloso de amor, a especialista nos ajudou a localizar onde ocorrem essas atividades cerebrais que podem estar diretamente ligadas ao nosso modo de reagir a essas situações. Bora entender? 

Bom, se a sua vibe for ouvir aquela música romântica, mas que te causa uma tristeza profunda, existem duas áreas responsáveis por esse estímulo.

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A primeira é o Hemisfério direito do giro parahipocampal.

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Que, resumindo, é uma parte da massa cinzenta do seu córtex cerebral que envolve o hipocampo e faz parte do sistema límbico — diretamente ligado as suas emoções e comportamento.

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O segundo pedacinho que age ativamente é o Hemisfério direito do córtex cingulado anterior subgenual: uma estrutura atrelada à regulação emocional.

Agora, se você está vivendo aquele amor gostoso, existem regiões que se repetem, mas dessa vez, em um cenário positivo. Curioso, né?

Se consideramos uma música tranquila, mas positiva, o Hemisfério esquerdo do córtex orbitofrontal medial é quem atua. Ele é dedicado ao processamento de emoções e da nossa personalidade.

Enquanto o Córtex somatosensorial em seu hemistério direito atua no movimento do nosso corpinho quando ficamos animados ao ouvir a canção.

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O Estriado ventral no hemisfério direito age no famoso “quentinho no coração”. Essa parte do cérebro está envolvida na sensação de recompensa, expectativa e prazer. Ô coisa boa!

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