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core/freeform

Em plena quinta-feira, o <strong>Teatro de Arena </strong>no centro histórico de Porto Alegre foi ocupado pela cena. “Nós resistimos! Resista!”, dizia ao microfone Afonso Antunes, guitarrista e vocalista da <strong>Alpargatos</strong>. Era o fim de uma noite entre amigos, familiares, fãs, e todas as engrenagens necessárias que juntas fazem a cena alternativa acontecer a todo vapor.

Mas pra deixar tudo bem explicadinho, preciso voltar alguns dias e contar como começou esse novo capítulo da trajetória da banda. Foi assim: no começo do mês, a Alpargatos lançou o seu segundo EP em um formato pouco comum - um EP visual. <em><strong>Essa cidade cheia de heróis</strong></em> foi lançado em vídeo no YouTube como um curta metragem, com narrativa baseada nas duas faixas que compõem o extended play de aproximadamente 10 minutos.

<iframe width="600" height="400" src="https://www.youtube.com/embed/9MYiCyM9FvI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>

Ontem, foi o dia da banda comemorar o lançamento de <em>Essa cidade…</em> com um show completão, com tudo que tinha direito. E é difícil pensar agora em outro lugar para receber essa apresentação do quarteto gaúcho que não fosse o Teatro de Arena, com seu palco central baixinho e aquela sensação de proximidade tão boa que a gente só consegue sentir nos shows do rolê alternativo mesmo.

A sonoridade alcançada por Afonso, Bruno dos Anjos, Leonardo Braga e Pedro Nectoux no novo lançamento é mais densa e experimental do que no EP de estreia, <em><strong><a href="https://www.youtube.com/watch?v=obdZi9FonTk" target="_blank">Rodovia do parque</a></strong></em>, que foi lançado em 2015. No entanto, ao vivo, quase não é sentida a parede que divide os dois trabalhos, que fazem o show fluir naturalmente.

Como toda boa performance do-it-yourself, teve falha no equipamento de som de uma das guitarras logo na abertura, mas nada muito grave e devidamente consertado depois da primeira música, que foi tocada outra vez. Com muita simpatia e intimidade com o público, o próprio Bruno [guitarrista] perguntou se podia tocar a faixa novamente, e as palmas responderam um “sim” que não precisou de palavras pra ser compreendido. Na segunda tentativa, tudo nos conformes.

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A primeira música - que teve direito a bis - foi “Trinco”, do “Rodovia do parque”, e daí em diante tudo ocorreu como manda o figurino. Ou melhor, como a própria banda quis, sem pensar em figurinos ou regras. Todos vestindo camisetas cinzas, calças pretas e tênis despojados, eles reproduziram no palco uma experiência tão singular quanto a do EP <em>Essa cidade…</em>, trazendo aquele toque teatral do vídeo pra performance das músicas ao vivo.

Em determinado momento tínhamos uma bailarina dançando ao fundo do palco, ou projeções na parede revelavam as imagens caóticas em glitch que aparecem no clipe, um mix de caos, rostos de políticos e violência. Outros convidados surgiram, como o grupo de rap gaúcho Mun-Rá, que fez sua aparição durante a faixa “Super-homem, astronauta”, e perto do set acabar, o ator principal do vídeo fez uma coreografia enquanto a banda cantava “Pássaro/avião”.

“Todos meus amigos têm medo de sair de casa”, diz a letra da música. Mas na noite de ontem, os amigos da cena venceram esse medo e fizeram uma festa linda com os Alpargatos, que conquistaram seu lugar de honra entre os heróis dessa cidade - que não precisam ter superpoderes, nem usam capa ou vestem roupas coloridas. Os heróis dessa cidade sonham e realizam.

<p>Em plena quinta-feira, o <strong>Teatro de Arena </strong>no centro histórico de Porto Alegre foi ocupado pela cena. “Nós resistimos! Resista!”, dizia ao microfone Afonso Antunes, guitarrista e vocalista da <strong>Alpargatos</strong>. Era o fim de uma noite entre amigos, familiares, fãs, e todas as engrenagens necessárias que juntas fazem a cena alternativa acontecer a todo vapor.</p>
<p>Mas pra deixar tudo bem explicadinho, preciso voltar alguns dias e contar como começou esse novo capítulo da trajetória da banda. Foi assim: no começo do mês, a Alpargatos lançou o seu segundo EP em um formato pouco comum &#8211; um EP visual. <em><strong>Essa cidade cheia de heróis</strong></em> foi lançado em vídeo no YouTube como um curta metragem, com narrativa baseada nas duas faixas que compõem o extended play de aproximadamente 10 minutos.</p><div id="videoAd">*</div><br><script type="text/javascript">var t = "//des.smartclip.net/ads?type=dyn&plc=90854&sz=400x320&elementId=videoAd";t += "&ref=" + encodeURIComponent(window.top.document.URL);t += "&rnd=" + Math.round(Math.random()*1e8);var s = document.createElement("script");s.type = "text/javascript";s.src = t;document.body.appendChild(s);</script>
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<p>Ontem, foi o dia da banda comemorar o lançamento de <em>Essa cidade…</em> com um show completão, com tudo que tinha direito. E é difícil pensar agora em outro lugar para receber essa apresentação do quarteto gaúcho que não fosse o Teatro de Arena, com seu palco central baixinho e aquela sensação de proximidade tão boa que a gente só consegue sentir nos shows do rolê alternativo mesmo.</p>
<p>A sonoridade alcançada por Afonso, Bruno dos Anjos, Leonardo Braga e Pedro Nectoux no novo lançamento é mais densa e experimental do que no EP de estreia, <em><strong><a href="https://www.youtube.com/watch?v=obdZi9FonTk" target="_blank">Rodovia do parque</a></strong></em>, que foi lançado em 2015. No entanto, ao vivo, quase não é sentida a parede que divide os dois trabalhos, que fazem o show fluir naturalmente.</p>
<p>Como toda boa performance do-it-yourself, teve falha no equipamento de som de uma das guitarras logo na abertura, mas nada muito grave e devidamente consertado depois da primeira música, que foi tocada outra vez. Com muita simpatia e intimidade com o público, o próprio Bruno [guitarrista] perguntou se podia tocar a faixa novamente, e as palmas responderam um “sim” que não precisou de palavras pra ser compreendido. Na segunda tentativa, tudo nos conformes.</p>
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A primeira música &#8211; que teve direito a bis &#8211; foi “Trinco”, do “Rodovia do parque”, e daí em diante tudo ocorreu como manda o figurino. Ou melhor, como a própria banda quis, sem pensar em figurinos ou regras. Todos vestindo camisetas cinzas, calças pretas e tênis despojados, eles reproduziram no palco uma experiência tão singular quanto a do EP <em>Essa cidade…</em>, trazendo aquele toque teatral do vídeo pra performance das músicas ao vivo.</p>
<p>Em determinado momento tínhamos uma bailarina dançando ao fundo do palco, ou projeções na parede revelavam as imagens caóticas em glitch que aparecem no clipe, um mix de caos, rostos de políticos e violência. Outros convidados surgiram, como o grupo de rap gaúcho Mun-Rá, que fez sua aparição durante a faixa “Super-homem, astronauta”, e perto do set acabar, o ator principal do vídeo fez uma coreografia enquanto a banda cantava “Pássaro/avião”.</p>
<p>“Todos meus amigos têm medo de sair de casa”, diz a letra da música. Mas na noite de ontem, os amigos da cena venceram esse medo e fizeram uma festa linda com os Alpargatos, que conquistaram seu lugar de honra entre os heróis dessa cidade &#8211; que não precisam ter superpoderes, nem usam capa ou vestem roupas coloridas. Os heróis dessa cidade sonham e realizam.</p>
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Em plena quinta-feira, o Teatro de Arena no centro histórico de Porto Alegre foi ocupado pela cena. “Nós resistimos! Resista!”, dizia ao microfone Afonso Antunes, guitarrista e vocalista da Alpargatos. Era o fim de uma noite entre amigos, familiares, fãs, e todas as engrenagens necessárias que juntas fazem a cena alternativa acontecer a todo vapor. [&hellip;]

Alpargatos enaltece a resistência da cena em show de lançamento do EP

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