O dia três do festival espanhol de Benicàssim, que rola a alguns metros das areias e da água salgada do Mediterrâneo, começou com boas apostas. Os ingleses do Childhood e do China Rats apresentaram músicas assoviáveis e boa presença de palco. Vale ficar de olho neles.
Já Miles Kane, queridinho da imprensa e do público britânico, continua achando que é “o cara”. Com pompa de rockstar de arena, o músico conduz sua banda com técnica impecável, mas falta algo ali. Talvez menos pose – ou apenas músicas melhores e menos manjadas. Ninguém reclamou, no entanto, até porque a próxima atração valia qualquer esforço.
O Arctic Monkeys entrou em cena e reuniu a maior plateia do Benicàssim 2013. Alex Turner e sua trupe não decepcionaram e entregaram um showzaço, com setlist balanceado, hits e novidades na medida certa, momento semi-acústico contemplativo (com “Cornerstone” e “Mardy Bum”) e um final arrebatador, com “When the Sun Goes Down” e “505” – essa, com participação de Miles Kane na guitarra. Uma apresentação que diz muito sobre a evolução em todos os sentidos dos uma vez tímidos moleques de Sheffield.
Os joelhos e os pés já pediam arrego quando o Kaiser Chiefs subiu ao palco para enfileirar doses de indie hits dos anos 2000. Ainda deu tempo de pegar também uma fatia da apresentação bombada do Bastille, que reuniu, às duas da manhã, uma multidão em um dos palcos alternativos do festival.
Nesse domingo, tem mais. The Killers, AlunaGeorge e Jake Bugg, entre outros, encerram mais uma edição do FIB.
(Fotos: Mahê Ferreira)