Analog Africa e suas raridades

06/03/2014

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Por: Revista NOIZE

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06/03/2014

O trabalho de Samy Ben Redjeb é desenterrar raridades, na maioria das vezes africanas e latino-americanas, e relançá-las pelo selo da Analog Africa, gravadora que ele fundou em Frankfurt, na Alemanha. Redjeb hoje é uma das principais fontes de bolachões originais da África e América do Sul para DJs, produtores e colecionadores do mundo todo.

Em Frankfurt, ele também fundou a boate AFRICADELAY, que toca só o melhor das batidas tropicais dos anos 70. Junto com Pedo Knopp, ele forma a dupla de DJs Analog Africa Soundsystem, que no dia 15 de março vai mostrar os grooves de seus vinis na VooDoo, em Porto Alegre, em comemoração ao aniversário da festa. Clique aqui para conferir o evento da festa no Facebook.

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Além de dar vida aos discos, Redjeb também vai atrás da história por trás das gravações e posta tudo no blog do Analog Africa. Conheça mais sobre a coleção de raridades que Samy Ben Redjeb reuniu na entrevista abaixo.

Quando você começou a colecionar vinis antigos?

Por volta de 1995 e 1996.

O que te atrai na música africana dos anos 60 e 70?

Eu gosto do som natural dessas gravações. Essas músicas eram todas gravadas ao vivo, basicamente toda a banda tocando ao mesmo tempo, e não deve ter sido diferente no Brasil nesse tempo. O que eu gosto também é a concepção de que a banda deve chegar ao estúdio muito bem preparada e, desde que elas ganhem experiência com as apresentações ao vivo, elas estarão. Qualquer erro e toda a gravação tem que ser refeita. A maior parte das gravações da Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou foi de primeira, por exemplo. Depois veio os anos 80 e com a introdução dos sintetizadores tudo foi por água abaixo. Sobretudo por razões econômicas, a maior parte das bandas começaram a trocar músicos por batidas e até onde eu me lembro isso é uma péssima ideia.

Aonde você achou as raridades que já foram lançadas pelo selo do Africa Analog?

Nos 26 países que eu já viajei. Na casa de produtores, a maioria estoques inutilizados que ficaram jogados em um quarto ou depósito por mais de 30 anos. Eu também achei algumas coisas com colecionadores.

Você sabe quantos vinis tem em sua coleção?

Não sei e isso realmente não é importante. Você precisa de apenas quinze discos para fazer uma compilação fantástica.

Tem algum brasileiro entre os seus discos?

Sobretudo Carimbó. Eu também tenho um bom Baião, Coco do nordeste. Eu sou um grande fã de Ary Lobo!

Há alguma raridade que você gostaria muito encontrar?

Sex Vévé, da Orchestre Vévé

Qual seu próximo relançamento pela Analog Africa?

“Siriá” – Mestre Cupijó e seu Ritmo

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06/03/2014

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