Fotos: Ariel Fagundes
A cantora francesa ZAZ está chegando ao Brasil para uma turnê do seu terceiro disco, Paris (2014). Começando por Porto Alegre, ZAZ também vai se apresentar no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e em Belo Horizonte. Muito simpática e falante, Isabelle Geoffroy contou pra gente como é levar a cultura francesa para o mundo, sobre a gravação do novo álbum, a comparação com Edith Piath e a sua vinda ao Brasil.
Você sempre gostou muito de jazz e o seu novo disco Paris tem uma big band de peso, com a participação de lendas como Quincy Jones e Charles Aznavour. Vocês já se conheciam?
Tive o prazer de conhecer Charles Aznavour pessoalmente logo após a finalização do meu primeiro disco. Nos encontramos muitas vezes depois do álbum ser lançado, pois foi o início da minha carreira e estávamos frequentando lugares em comum, relacionados à música francesa. Ele foi super importante para a popularização da nossa música para o mundo e eu sempre fui apaixonada por seu trabalho. Na época em que Charles Aznavour estourou, a música francesa era ouvida apenas por franceses ou grandes intelectuais e ele conseguiu mudar isso. Os outros músicos eu confesso que não conhecia muito, apenas através da internet.
Como foi ter a participação deles no disco?
Super! Foi incrível ter grandes nomes da música no meu disco. É sempre muito bom poder contar com diversas pessoas quando se está lançando um novo trabalho. Deixa tudo mais apaixonante, eu me sentia entre amigos. Nós conversamos sobre tudo, eles me contavam historiais incríveis e junto deles eu pude desfrutar de momentos maravilhosos. Nós falamos sobre história, sobre música, sobre Paris… Foi incrível! Eu ficava ouvindo as histórias deles como uma criança curiosa (risos).
Você é muito comparada a Edith Piaf e vocês têm algumas semelhanças no que se refere a trajetória artística dela. Como se sente em relação a isso?
Fico muito feliz, me sinto honrada e agradecida quando sou comparada à Edith Piaf. Muitas das minhas referências musicais vêm dela. Algumas letras relacionadas à boemia francesa e sua atmosfera só foram possíveis a partir desta percepção que ela acabou me passando, deste orgulho que ela tinha de ser francesa. Nós temos muitas semelhanças na forma de expressar nosso sentimento pela música e fico lisonjeada quando sou comparada a uma pessoa tão maravilhosa como a que ela foi.
Conheço uma criança brasileira de 7 anos que não fala uma palavra de francês mas canta Je Veux do início ao fim. Você conseguiu exposição mundial cantando em francês, em um mundo que é dominado pela língua inglesa. Levar a língua francesa para outros países é importante pra você?
Isso é genial! Estamos vivendo um momento maravilhoso na indústria da música com relação à união de diversos idiomas em um mundo que já foi ‘dominado’ somente pela língua inglesa. Muitas crianças de outros países têm cantado musicas minhas, sobretudo Je Veux. Acredito que hoje em dia os professores estão dando mais espaço para o francês em suas salas de aula e a música, para crianças principalmente, é a melhor maneira de aprender outra língua, é um instrumento muito útil e maravilhoso. Quanto mais jovem se é, mais fácil fica o aprendizado. Muitos professores do mundo todo têm usado a música como principal instrumento de didática com seus alunos em suas salas, acho isso incrível.
E como vai ser o repertório dos shows no Brasil?
A ideia é sentir a recepção do público brasileiro, o repertório não é fechado. Mas é claro, vamos fazer um balanço, um pouco do primeiro álbum (ZAZ – 2010), um pouco do segundo (Recto Verso – 2013) e é claro, vamos apresentar boa parte do disco novo, Paris.
A NOIZE foi ao show da ZAZ em Porto Alegre e fez a cobertura fotográfica:
Porto Alegre
Quando: 19 de março, às 21h.
Onde: Auditório Araújo Vianna, Avenida Osvaldo Aranha, 1000.
Quanto: A partir de R$ 80.
Vendas: Site do Ingresso Rápido ou na bilheteria do Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80 SUC, 30A), de segunda a sábado, das 14h às 22h; domingo, das 14h às 20h.
Rio de Janeiro
Quando: 20 de março, às 23h.
Onde: Circo Voador – Rua dos Arcos, S/N, Centro – Rio de Janeiro.
Quanto: R$ 160 (Inteira Lote 3).
Vendas: ingresso.com
São Paulo
Quando: Dias 22, 24 e 25 de março.
Onde: Dia 22, no Auditório Ibirapuera (Avenida Pedro Álvares Cabral, Portão 2, Parque do Ibirapuera), a partir das 18h (antes de ZAZ, shows com as cantoras Tulipa Ruiz e Céu). Dias 24 e 25, no Bourbon Street (Rua dos Chanes, 127 – Moema), a partir das 22h.
Quanto: Show no Ibirapuera, gratuito. No Bourbon Street, os ingressos para os dois dias já estão esgotados.
Curitiba
Quando: 27 de março, 21h.
Onde: Ópera de Arame, Curitiba.
Quanto: R$ 220 (inteira).
Vendas: diskingressos.com.br
Belo Horizonte
Quando: Dia 28 de março, a partir das 21h.
Onde: Music Hall (Avenida Contorno, 3239 – Santa Efigênia).
Quanto: De R$ 55 (meia-entrada, na pista) a R$ 195 (camarote open bar).
Vendas: Sympla.com.br
*Esta entrevista só foi possível graças a tradução do Nereu Lima Filho e da Brenda Bandeira, que conversou em francês com a ZAZ.