a gente gosta de mitos na música. eu sou atraído em especial pelos gênios loucos, gente que abusou das drogas, entrou em alguma porta proibida, mostrou pro mundo um pouco do que tinha lá dentro mas se perdeu na floresta antes de poder mostrar o resto. não se se é porque o que tem lá dentro é forte demais para as mentes abertas, mas fragilizadas, dos geniozinhos acidulados.
eu espero ansioso pelo dia em que o syd barrett vai ganhar um filme de ficção caprichado, com direito a performances na ufo em 1967 encenadas para além dos poucos registros existentes
Interstellar Overdrive expulsada do corpo endiabrado de Syd na UFO
existem (ou existiram) boatos de um filme do tipo com o johnny depp no papel do syd, o que certamente poderia render resultados animais. sem contar que o universo que envolvia o pink floyd na swinging london renderia uns 1000 filmes frouxos… mas o syd, em especial, eu queria ver na ficção, até porque minha cabeça é povoada pela ficção das músicas dele, mas não abriga imagens decentes dele, já que sobrou pouco filmado do rapaz… aliás, o que existe está no documentário “the pink floyd and syd barrett story”, que existe em dvd em tudo que é canto, sempre bem baratinho, e em qualquer site de torrent que preste.
no Brasil, o Arnaldo Baptista é o correspondente ao syd, nosso “acid casuality”, como chamam a galera sorteada para não voltar entre os artistas que tomam ácido. como é o syd para o floyd, o arnaldo é, sem dúvida, a alma propulsora da criatividade dos Mutantes. pena que ele pirou, foi internado, se jogou da janela, pirou mais ainda. diferente do syd, o arnaldo não abandonou a música, chegou a esboçar a volta com os mutantes em 2007/2008. e ele ganhou um documentário que será lançado dia 19 de junho. não é ficção, é um documentário mesmo. e pelo trailer, é bem bacana: