Hoje é um domingo especial para os fãs do Rage Against the Machine. Há 44 anos atrás, nascia um dos nomes mais respeitados da música por suas letras e por seu ativismo social: Zack de la Rocha. E para entender quem é ele, é preciso voltar às suas origens.
Zack tem um pé no México por ser filho de Beto de la Rocha, conhecido por seus murais zapatistas. A estrela vermelha, um dos símbolos do RATM, é uma referência ao Exército Zapatista de Libertação Nacional do movimento mexicano do qual o pai de Zack é adepto também. No vídeo abaixo, Zack de la Rocha fala sobre o movimento zapatista que apoia em suas músicas:
Depois da separação dos pais, Zack continuou por um tempo vivendo com Beto de la Rocha até o fanatismo religioso do pai chegar ao extremo de deixar o filho pequeno em jejum durante dias. Com a mãe na cidade de Irvine, Zack viu de perto a opressão que os mexicanos sofriam pelos brancos californianos. Estar do lado dos oprimidos foi um dos motivos que levou ele a se tornar compositor.
Zack cresce em meio ao preconceito e aos 21 se torna vocalista do RATM e começa a disseminar palavras de igualdade. A conhecida “Killin’ In the Name” é uma mensagem para aqueles que acreditam em uma raça pura. Já “Take the Power Back” fala sobre as ideologias mentirosas que o sistema nos impõem. “Nós temos que retomar o poder!”, canta Zack.
Com o RATM, Zack de la Rocha lançou três discos autorais de estúdio: “Rage Against the Machine”, “Evil Empire” e “The Battle of Los Angeles”. Com o baterista do Queens of the Stone Age, Jon Theodore, ele forma o duo One Day as a Lion. Abaixo você assiste ao clipe de “Wild International”, uma das faixas do EP homônimo de estreia da banda.
A última vez que o RATM veio ao Brasil foi no SWU de 2010, onde a banda fez um show que levantou o público do início ao fim, mesmo depois de Zack ter parado o show quando uma grade desabou e deixou algumas pessoas feridas. Assista à apresentação completa abaixo:
O primeiro show do RATM foi no dia 23 de outubro de 1991, quando “Killin’ In the Name” era apenas uma introdução instrumental. Dá o play abaixo pra assistir ao vídeo da apresentação histórica: