No dia 21 de setembro, o músico Leonard Cohen completou 82 anos de idade. Exatamente um mês depois, lançou seu 14º disco de estúdio, um álbum que traz no nome o seu peso: You Want It Darker (“vocês o querem mais sombrio”, em uma tradução livre). Na noite de ontem, o compositor canadense deu seu último suspiro. O local da morte e a sua causa não foram divulgados pela família.
É impossível ignorar que seu derradeiro lançamento foi uma clara despedida. Com uma sonoridade ao mesmo tempo épica e obscura, You Want It Darker traz faixas intituladas “Leaving the Table” (“deixando a mesa”) e “Traveling Light” (“luz viajante”). Se havia alguma dúvida disso, Cohen a retira nos versos da música que dá nome ao álbum: “Here I am, here I am / I’m ready my Lord” (“Aqui estou, aqui estou / Estou pronto, meu Senhor”).
Com cinco décadas de carreira, Leonard Cohen foi celebrado até seu último dia. Seu disco de estreia, Songs of Leonard Cohen (1967), foi um grande sucesso e é considerado por muitos a sua obra-prima, trazendo músicas que ficaram bastante famosas, como “So long, Marianne” e “Suzanne”. Dentre outros sucessos do músico e poeta, é necessário destacar “Hallelujah”, faixa lançada no disco Various Positions (1984) que foi regravada por músicos tão diferentes quanto Bob Dylan, Jeff Buckley, Regina Spektor, Willie Nelson, Bono, Alter Bridge (do Myles Kennedy) e Susan Boyle.
Em homenagem à morte desse ícone cuja obra tende a ser revisitada a partir de agora, deixamos o clipe de “Dance Me to the End of Love”: