
Um caldeirão cultural, com ingredientes da música local brasileira e latino-americana somados à mais atual linguagem do pop contemporâneo internacional. Assim, Coisas Naturais (2025) consolida-se enquanto a empreitada fonográfica mais ousada da carreira da artista mineira Marina Sena até então.
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Com uma forma própria de compor, a cantora retoma artistas como a tropicalista Gal Costa e o mineiro Marku Ribas, presentes no cenário da capa de Coisas Naturais. A música atravessa diversos ritmos para formar um todo homogêneo e coerente, no qual Marina expressa sua arte com o próprio sotaque sonoro.
Listamos cinco gêneros musicais presentes no terceiro álbum da cantora e compositora mineira. Confira abaixo:

SAMBA
Em “Ouro de Tolo” o ritmo sincopado do violão de nylon, tão presente na música brasileira, dá o tom do arranjo, que ainda conta com percussões que lembram a bossa nova. Os gêneros irmãos ainda aparecem na primeira parte de “Anjo”.
BACHATA
A levada de “Numa Ilha” retoma o ritmo latino com percussão e guitarras dedilhadas. A sensualidade do gênero dominicano combina com a letra que narra um sonho de amor em uma ilha paradisíaca e a canção foi citada por críticos do The New York Times como um dos dos destaques do pop recente.
FUNK
A faixa “Carnaval” traz um beat com ritmo que flerta com o “tamborzão” e outros sub gêneros do funk e ainda apresenta uma letra explícita: “Mas se eu te encontro no fogo, eu sou sua/ É que eu não aguento a sua cara de puto”.
ROCK
Em canções como “Anjo” e “Sem Lei”, a artista remete ao rock brasileiro da década de 1970 e 80, nas melodias e arranjos, lembrando outra referência, mesmo que não explicitamente: Rita Lee.
REGGAE
“Combo da Sorte” traz o ritmo jamaicano na levada da guitarra, no chimbal da bateria e nas linhas de baixo, lembrando um dub. A cantora já havia explorado o gênero em “Temporal”, faixa do seu álbum de estreia solo, De Primeira (2021).