Impossível passar incólume por Felipe Morozini. Artista multimídia, ele é dotado de uma aguçada sensibilidade, que se materializa em seu trabalho contestador, porém divertido, poético, pop. Entre suas invenções mais recentes, há o blog Feio na Foto, em que questiona de uma maneira bem-humorada os padrões de beleza das coberturas sociais, tão comuns em tempos de superexposição. A propósito, Felipe está aqui, expondo-se nesta Rapidinha.
Que artista da música gostaria de fotografar e qual seria o tema do ensaio?
Tina Turner, com um casaco de cabelo igual ao do filme FUR, da fotógrafa Diane Arbus. E adoraria ter feito umas fotos com o Cazuza. Ele nu, na copa de uma árvore cheia de chipanzés. À noite.
Alguém já fez uma música pra você?
Não, mas tem letras do Cazuza que parecem escritas para mim (ou por mim).
Quem é seu ícone pop?
São Jorge.
Qual a trilha sonora perfeita pra uma sessão de fotos?
The Knife, Goldfrapp, Grace Jones.
Que capa de disco você gostaria de ter fotografado?
Do menininho embaixo d´água do Nirvana.
Que música está na sua cabeça agora?
That´s Not My Name, do Ting Tings.
Com que roupa você subiria ao palco?
Qualquer uma do Iggy Pop.
Você tem algum segredo que gostaria de revelar agora?
Não tenho mais segredos.
Por que sua vida daria um filme?
Porque todo o roteiro não faz o menor sentido. O diretor? Fellini ou Almodóvar.
Qual sua última descoberta musical?
Raffaella Carrà, uma italiana dos anos 70/80.
Como foi a noite mais inesquecível da sua vida?
Numa limousine, na noite do meu aniversário, com todos os meus melhores amigos.
Já viajou atrás da música?
Quando eu era jovem, só atrás do trio elétrico na Bahia, com clorofórmio.
Qual sua maior ilusão?
Ser feliz o tempo todo.
Foto Hermano Silva