Pennywise e Face To Face: uma noite hardcore

11/11/2015

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Por: Daniela Grimberg

Fotos: Ariel Fagundes

11/11/2015

A noite dessa terça-feira foi gloriosa para os fãs porto-alegrenses do bom e velho hardcore.

Os californianos do Pennywise e Face To Face, tradicionais bandas do gênero, se apresentaram para um Bar Opinião lotado, com todos os elementos básicos de um bem-sucedido show de punk rock: pogo, mosh e eventuais chuvas de cerveja.

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A banda paulista Aditive fez um aquecimento à altura, preparando os fãs para a energia vibrante do Face To Face. De fato, se o show dos norte-americanos por aqui em 2008 foi emocionante, o de ontem foi ainda melhor! Os tiozões mais legais da noite, Trevor Keith (vocal e guitarra) e Scott Shiflett (baixo) mal pareciam acreditar no coro uníssono de um número de fãs, talvez surpreendentemente grande para uma cidade como Porto Alegre, entoando clássicos como “AOK” e “Disconnected”. Antes de tocar “You Lied”, Keith ainda comentou que a banda iria tocar um som com uma intro mais lenta, pois ele estava ficando “velho e gordo” pra aguentar. Execução perfeita.

A noite já teria valido até ali pra muita gente. Mas o baile seguiu.

Pennywise entra no palco e destrói tudo com a pegada de “Fight Till Die”, introduzindo um show pra cansar boa parte dos balzaquianos por lá (sim, a galera mais nova era minoria entre os fãs). Volta e meia se ouvia alguém saindo da frente do palco, ainda que com um baita sorriso no rosto, dizendo estar “velho” pra se arrebentar na roda. Bandas ou público, o punk não morreu, mas está ficando velho. Fato.

A vibe seguiu a todo vapor liderada por Jim Lindberg (vocal) e Flatcher Dragge (guitarra), só com clássicos: “Straight Ahead”, “Fuck Authority”, “Society”, “Same Old Story”, “Pennywise” e vários outros. Teve ainda “Violence Never Ending”, do disco mais recente dos caras, “Yesterdays”, lançado no ano passado, um belo cover de “Do What You Want”, do Bad Religion, e a tradicional finalização da banda, com “Bro Hymm.” Mas, apesar do entusiasmo, outros clássicos ficaram de fora, basicamente porque o show foi inesperadamente curto – 60 minutos cravados.

Esse foi o único ponto a desejar.

De resto, só a confirmação de que, se tem um estilo que une o público de forma insana, esse posto definitivamente pertence ao punk rock.

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11/11/2015

Jornalista, futura geógrafa.
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Daniela Grimberg