_por Patricia Spier
Lotação máxima no Sesc Pompéia, em São Paulo. Nada de quebradeira e pancadaria. Poucas roupas com rebites. Apenas um moicano entre os pagantes.
Mas no primeiro dia de shows do ‘O Fim do Mundo, Enfim’, festival que celebra os 30 anos do Punk do país, roda punk e mosh não faltaram. Porém tudo na santa paz. O público, parte jovem, parte na casa dos trinta e quarenta, estava interessado em curtir pacificamente aos shows de Os Excluídos, Devotos e Inocentes, nesta ordem.
O punk rock dos Os Excluídos abriu a noite, com homenagem ao fundador do Cólera Redson Pozzi, morto ano passado. Mas foi banda recifiense Devotos dar os primeiros acordes que o público começou a agitar a roda. E o grupo mais esperado foi Inocentes. Os fãs cantavam todas as músicas, pulavam do palco. Até um segurança tomar posse do lugar dos saltos e acabar com a alegria da galera.
Clemente, o vocalista, até fez piada. “Olha, vocês não vão poder subir mais no palco. Olha o tamanho do cara que vocês vão ter que enfrentar!”.