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O que levou J Mascis a novamente trocar seus calafrios elétricos pela sonoridade quase infantil de seu violão Martin? Será a idade responsável por esse escambo? Acredito que não. Em <em>Tied to a Star</em> (2014), Mascis soa mais conservador do que a vasta produção do Dinosaur Jr. dos anos 90, mas ao mesmo tempo segue intimamente estranho, afeito às suas melodias tradicionais, dando continuidade ao seu antepenúltimo e mais poderoso álbum (no sentido poético) <em>Several Shades of White</em> (2011). 

É claro que J Mascis acústico dificilmente ultrapassará J Mascis elétrico e que eles tendem a coexistir - visto que diversas faixas do novo trabalho flertam com ambas tendências, ou seja, solos de guitarra flutuam sobre camas de violão. A questão não é se um é melhor que outro, mas se os fãs de um dos mais influentes indie guitar heroes de todos os tempos conseguirão lidar com essa consolidada mudança. Apesar dos pesares, a essência ainda é a mesma.

<em>Tied to a Star</em> começa muito bem com "Me Again", que é um deleite para os sentidos, um ótimo exemplo de que um bom barítono pode executar excelentes falsetes permeados de emoção. "Every Morning" e "Heal the Star" assemelham-se com o Dinosaur tradicional, repletas das agruras amorosas que são a base sólida do rock n’ roll. Já "Wide Awake" flerta com o pop mais claramente que qualquer outra canção - é uma composição mais artificial, ou melhor, superficial. 

"Stumble" certamente fará o mais fiel dos fãs titubear, pois Mascis se coloca novamente, de corpo e alma, ao lado de sua melancolia elétrica, na qual lembranças e arrepios dançam de rostos colados. "And Then e Drifter" (instrumental) não tem a mesma consistência de "Trailing Off" e "Come Down", as quais preparam e aguçam o ouvinte para o <em>grand finale</em>. "Better Plane" é um exemplo esplendido de como um disco de rock (acústico, elétrico ou digital) deve terminar. 

Embora <em>Tied to a Star</em> seja um álbum aprazível e sincero, a totalidade da obra não faz jus a lenda chamada J Mascis. Indubitavelmente, essa década ainda está longe de novas estrelas, e, talvez, tenhamos que viver os próximos anos atrelados ao pouco que ainda nos resta de bom do período jurássico.

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<p>O que levou J Mascis a novamente trocar seus calafrios elétricos pela sonoridade quase infantil de seu violão Martin? Será a idade responsável por esse escambo? Acredito que não. Em <em>Tied to a Star</em> (2014), Mascis soa mais conservador do que a vasta produção do Dinosaur Jr. dos anos 90, mas ao mesmo tempo segue intimamente estranho, afeito às suas melodias tradicionais, dando continuidade ao seu antepenúltimo e mais poderoso álbum (no sentido poético) <em>Several Shades of White</em> (2011). </p>
<p>É claro que J Mascis acústico dificilmente ultrapassará J Mascis elétrico e que eles tendem a coexistir &#8211; visto que diversas faixas do novo trabalho flertam com ambas tendências, ou seja, solos de guitarra flutuam sobre camas de violão. A questão não é se um é melhor que outro, mas se os fãs de um dos mais influentes indie guitar heroes de todos os tempos conseguirão lidar com essa consolidada mudança. Apesar dos pesares, a essência ainda é a mesma.</p><div id="videoAd">*</div><br><script type="text/javascript">var t = "//des.smartclip.net/ads?type=dyn&plc=90854&sz=400x320&elementId=videoAd";t += "&ref=" + encodeURIComponent(window.top.document.URL);t += "&rnd=" + Math.round(Math.random()*1e8);var s = document.createElement("script");s.type = "text/javascript";s.src = t;document.body.appendChild(s);</script>
<p><em>Tied to a Star</em> começa muito bem com &#8220;Me Again&#8221;, que é um deleite para os sentidos, um ótimo exemplo de que um bom barítono pode executar excelentes falsetes permeados de emoção. &#8220;Every Morning&#8221; e &#8220;Heal the Star&#8221; assemelham-se com o Dinosaur tradicional, repletas das agruras amorosas que são a base sólida do rock n’ roll. Já &#8220;Wide Awake&#8221; flerta com o pop mais claramente que qualquer outra canção &#8211; é uma composição mais artificial, ou melhor, superficial. </p>
<p>&#8220;Stumble&#8221; certamente fará o mais fiel dos fãs titubear, pois Mascis se coloca novamente, de corpo e alma, ao lado de sua melancolia elétrica, na qual lembranças e arrepios dançam de rostos colados. &#8220;And Then e Drifter&#8221; (instrumental) não tem a mesma consistência de &#8220;Trailing Off&#8221; e &#8220;Come Down&#8221;, as quais preparam e aguçam o ouvinte para o <em>grand finale</em>. &#8220;Better Plane&#8221; é um exemplo esplendido de como um disco de rock (acústico, elétrico ou digital) deve terminar. </p>
<p>Embora <em>Tied to a Star</em> seja um álbum aprazível e sincero, a totalidade da obra não faz jus a lenda chamada J Mascis. Indubitavelmente, essa década ainda está longe de novas estrelas, e, talvez, tenhamos que viver os próximos anos atrelados ao pouco que ainda nos resta de bom do período jurássico.</p>
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O que levou J Mascis a novamente trocar seus calafrios elétricos pela sonoridade quase infantil de seu violão Martin? Será a idade responsável por esse escambo? Acredito que não. Em Tied to a Star (2014), Mascis soa mais conservador do que a vasta produção do Dinosaur Jr. dos anos 90, mas ao mesmo tempo segue [&hellip;]

J Mascis elétrico > J Mascis acústico

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