Exatos 42 anos atrás, Paul McCartney convocava a entrevista coletiva que anunciava que o sonho acabava ali. Em 10 de abril de 1970, os Beatles chegaram ao fim.
Hoje, mesmo depois da morte de dois de seus integrantes – Lennon foi assassinado em 1980 e George sucumbiu a um câncer em 2001 -, continuamos a venerar a maior banda de rock de todos os tempos como se ela ainda estivesse na ativa. Afinal, não é sempre que um grupo muda a história da música, certo?
Pra explicar o porquê do fanatismo que cerca os garotos de Liverpool, chamamos quatro amigos para lembrarem de um momento inesquecível que envolveu os Beatles. As respostas demoraram – como eram de se esperar: ninguém sabia nomear um só assim, de supetão. Mas saíram.
Chega aqui e se emociona com a gente.
Pra mim, esse é o momento mais importante dos Beatles e um dos momentos mais importantes da história do rock: o Rooftop Concert, realizado em 30 de janeiro de 1969, no telhado do prédio da gravadora Apple, no centro de Londres.
Jimi Joe, Músico, jornalista e diretor da rádio Unisinos FM
Dos meus 20 a uns 23 anos eu ouvi Beatles todo dia. Isso porque eu fiz meu TCC – sou formado em jornalismo – sobre eles. Passei muito tempo imerso, totalmente de cabeça no mundo deles. Hoje, por isso, sei tudo sobre eles e os seus 13 discos de “cabo a rabo”. Eles são referência na minha formação não só como músico, mas também como pessoa.
Gustavo ‘Prego’ Telles, baterista da banda Pata de Elefante
Eu fui pra Liverpool só por causa deles. Peguei um ônibus no aeroporto – que se chama John Lennon: incrível né? – e segui. Quando eu fui chegando na cidade e vi escrito “Penny Lane”, caiu a ficha. Chorei instantaneamente. O mais incrível isso: uma cidade inteira que respira Beatles”.
FêCris Vasconcellos, jornalista
A minha história não envolve exatamente os Beatles, mas vamo lá: quando eu era pequeno, tinha uma música em um disco lá em casa que eu jurava que era dos Beatles. Era “Sweet Little You”, do Neil Sedaka. Eu ouvia muito aquilo, achando que eram os Beatles. Eu tinha só 5 anos, não tinham muitos discos na minha casa. Mas pra mim, aquela música é como se fosse Beatles até hoje (risos)”.
Tatá Aeroplano, músico