Apesar dos avanços tecnológicos, fazer um disco de vinil ainda é algo bastante artesanal. É o contato de uma agulha (que vibra ao som de uma música) sobre uma chapa virgem que “imprime” as ondas sonoras na chapa que servirá de molde para a produção em massa dos discos. Essas ondas “impressas” pelas vibrações através do corte da chapa serão, depois, amplificadas quando a agulha do seu toca-discos passar pelos sulcos que se formam nesse processo.
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Há formas diferente de fazer esse procedimento de corte dos discos. Agora, o engenheiro de som dos estúdios Abbey Road, Miles Showell, anunciou que está preparando a remasterização de seis discos clássicos usando uma técnica avançada chamada “half-speed mastering”. A maioria dos LPs são tocados em 33 1/3 rotações por minuto (RPM). Na técnica do half-speed mastering, o que acontece é que o álbum é masterizado a uma velocidade de 16 2/3 RPM, ou seja, a metade da necessária para tocar a música corretamente. Com isso, a máquina de corte tem o dobro do tempo para “imprimir” as ondas sonoras com muito mais precisão – o que pode ser difícil de acontecer quando se lida com frequências extremas, ou muito graves ou muito agudas.
Essa técnica foi usada pela gravadora Decca entre 1958 e 1967 e, depois, pela gravadora Mobile Fidelity Sound Lab, mas nunca se popularizou tanto porque aumenta muito o tempo de produção de um disco.
Os discos que o Abbey Road irá remasterizar usando essa técnica serão: Exile On Main Street, dos Rolling Stones, Ghost In Machine, do The Police, Fire And Water, do Free, Disraeli Gears, do Cream, Solid Air, do John Martyn e New Gold Dream, do Simple Minds. Suas versões feitas com half-speed mastering devem chegar ao mercado inglês custando £32 (o equivalente a R$185).
Abaixo, você pode ver uma comparação de duas prensagens (uma half-speed mastered e outra normal) do disco Brothers In Arms, do Dire Straits: