Por Rafael Carvalho
Completando aniversário neste final de semana, o projeto Jardim Elétrico leva o show de banda da banda de punk rock Leptospirose à sua cidade natal, Bragança Paulista, interior de São Paulo. Noize conversou com o vocalista sobre o projeto.
A Escola de Música Jardim Elétrico é um empreendimento de Quique Brown (vocal) e do Velhote, baixista do Leptospirose. Trata-se de uma escola particular de música, que vai completar três anos e possui cerca de 110 alunos. “Todos os anos, nós organizamos dois recitais da escola com a apresentação de diversas bandas que a gente monta aqui. Neste recital, se apresentarão 42 bandas formadas pelos alunos, e cada conjunto irá tocar de uma a três músicas”, conta Quique.
As bandas são formadas de diversas maneiras. A maioria delas é montada dentro de um esquema de compatibilidade de horário – o baterista das 15h, o baixista das 15h, o guitarrista das 15h etc. “Outras bandas são formadas por afinidade, tipo o Joãozinho é amigo do Marquinho, e eles querem se apresentar juntos. Outras, a gente monta uns catadões, umas seleções onde apresentamos um aluno para o outro e dizemos: ‘Vocês precisam ser amigos, vocês têm que montar uma banda juntos’”, relata.
Durante esse período efervescente, Quique conta que a escola vira uma bagunça e que é aí que mora a graça da história. “Há uma hora, eu e um professor de guitarra estávamos ensaiando um trash metal com um dos nossos melhores alunos, o Canhoteiro que, infelizmente, no fim de tudo, acabou ficando sem banda. Para não deixá-lo na mão, montamos uma banda com ele que compôs o instrumental, eu toco baixo, canto e faço a letra, e o professor de guitarra toca bateria. A gente vai se ajeitando”, diverte-se.
A apresentação desse pessoal todo está marcada para este sábado, no Acervo do Tuzzi, que é um bar/casa de shows de Bragança. A escola fecha o local durante o final de semana para a apresentação destas bandas recém-formadas.
A seguir, um vídeo de um aluno que se formou no ano passado. O guitarrista chama-se Vitor e seu apelido na escola é Robertão (Roberto Frito), em homenagem ao Robert Fripp (guitarrista inglês de rock progressivo que também começou com 11 anos). “O moleque é um artista nato, pira em ruídos, está produzindo um filme de terror etc”, conta Quique sobre o pupilo. A menina da bateria chama-se Sophia e é sobrinha do Velhote (batera do Lepto). “Ela é uma garota ultrasangue bom. Sempre que falta um vocalista, ela vai lá e canta sem medo.” As apresentações rolam neste sábado, 21.
Confira uma apresentação da banda em 2008, também na cidade de Bragança Paulista: