Anton Corbijn – Control (Joy Division)

20/08/2008

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Por: Revista NOIZE

Fotos:

20/08/2008

É impossível, ainda que na forma hipotética, dimensionar a contribuição de Ian Curtis ao que se convencionou chamar de rock dos anos 80. Hoje, não precisamos de mais do que “vai tocar anos 80” para sabermos o que nos espera e decidirmos se o convite é agradável ou detestável.
O ano é 1976. Um jovem enfrenta a rotina de Macclesfield, pequena cidade do condado de Cheshire, na Inglaterra. Para passar o tempo, ouve David Bowie, de quem possui discos, pôsteres e inspiração para maquiar-se. Mas esse não é apenas mais um inglês fã de Bowie: trata-se de Ian Curtis (brilhante atuação de Sam Riley), que, pouco tempo depois, se tornaria vocalista do Joy Division, banda cuja efemeridade não lhe rouba a inegável influência em tudo que veio a seguir. É na pessoa do sensível e melancólico compositor que o fotógrafo e diretor Anton Corbijn centraliza Control. Em um ambiente frio, enfatizado pela fotografia em preto e branco, em duas horas são contados os quatro anos da banda de onde surgiu o New Order e, por tabela, uma ninhada de filhotes nas décadas posteriores.
O encontro entre Ian, Bernard, Peter e Stephen acontece em um show do Sex Pistols. Estava formado o Warsaw, mais tarde substituído por Joy Division. Paralelamente, o vocalista está casado com Deborah (Samantha Morton), uma paixão repleta de efeitos impulsivos, como a filha Natalie. O filme conta o rápido crescimento do grupo, desde o modo como conheceram o empresário Rob Gretton, o contrato “a sangue” com a Factory Records, as primeiras turnês e o sucesso com o público e com a crítica quando do lançamento de Unknown Pleasures (1979), primeiro álbum de estúdio (haveria apenas mais um, Closer, lançado postumamente). As principais músicas do Joy Division estão presentes no filme.
Os efeitos indesejados dos remédios utilizados para conter uma epilepsia cada vez mais grave, um caso extraconjugal com uma funcionária da embaixada belga (Annik Honoré) e todas as confusões e culpas despertadas pelo sentimento de traição são elementos decisivos para que Ian cometesse suicídio em maio de 1980, aos 23 anos.

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>> Por Gustavo Corrêa

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20/08/2008

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