“Obrigada por terem ficado com a gente todos esses anos”, declarou Mike Shinoda logo no início do show do Linkin Park na última sexta-feira, 15/11, em São Paulo. Ainda que seja a décima vez que o grupo se apresenta no Brasil, a noite tinha clima de estreia pois eles haviam lançado From Zero no mesmo dia, o primeiro disco com Emily Armstrong nos vocais após o falecimento de Chester Bennington, em 2017.
A apresentação foi dividida em quatro blocos, incluindo as novidades – “Emptiness Machine”, “Heavy Is The Crown”, “Over Each Other” e “Casualty” –, e um passeio pelos discos Hybrid Theory (2000) e Meteora (2003). No bloco com vocal e piano, Emily emendou “Lost”, “Breaking the Habit” e “What I’ve Done”.
A princípio, a nova vocalista estava reticente em relação ao público de mais de 40 mil pessoas no Allianz Parque, mas a partir da terceira música do set – “Points of Authority” – ela estava em casa. Desde 2008, Emily integra a banda de metal Dead Sara, então ela não é nenhuma estranha ao circuito de rock.
O som do Linkin Park mescla referências do nu metal com hip hop, então no show, há momentos para os solos de scratches do DJ Joe Hahn e os gritões de Emily em músicas como “Faint”.
Essa versatilidade é sintetizada no papel de Mike Shinoda, que tocou guitarra e teclado, cantou e até mesmo fez as linhas do Jay-Z em “Encore”, introdução para “Numb” – inclusive, o encontro do grupo com o rapper registrado no EP Collision Course completou 20 anos.
Durante os sete anos de hiato, o futuro era incerto para a banda, então nesse meio tempo, o frontman atuou como produtor musical para outros artistas, caso da cantora Demi Lovato. O retorno em nova formação injetou gás no Linkin Park, que se prepara para uma turnê mundial em 2025, e inclui datas no país – Rio de Janeiro (08/11), São Paulo (10/11), Brasília (13/11) e Porto Alegre (15/11).
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