Ainda que haja controvérsia em relação à data exata, em março de 2017 The Velvet Underground and Nico está comemorando 50 anos de história.
Na edição original do álbum, a famosa capa de Andy Warhol trazia um adesivo de banana que podia ser destacado pelo ouvinte e, apesar da relevância absurda que o disco foi ganhando com o passar do tempo, estima-se que nos primeiros dois anos The Velvet Underground and Nico tenha vendido cerca de 60 mil cópias – o que não era muito para a época. Essas cópias originais do álbum, com o adesivo, tornaram-se objetos de grande valor para colecionadores em todo mundo, especialmente após a morte de Lou Reed, em 2013.
Não faltam fãs obcecados por colecionar versões diferentes de The Velvet Underground and Nico, mas nenhum deles é como Mark Satlof. Há muitos anos ele trabalha no mercado musical como assessor de imprensa e, conforme reportagem da NPR, colecionar o disco de estreia do Velvet Underground ocupa boa parte de sua vida.
Mark já perdeu as contas de quantas unidades das prensagens originais desse disco ele tem, mas é algo em torno de 800. Isso representa 1% de todas as cópias fabricadas nos Estados Unidos antes de março de 1969. Além disso, ele possui versões muito raras como a primeira edição mono, cópias promocionais que saíram com o selo branco ao invés do amarelo (que foi bem mais comum), a edição de 1972 com uma versão diferente do adesivo da banana, as primeiras edições feitas no Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia, que não tinham a capa da banana.
Infelizmente, Mark ainda não tem a maior raridade de todas: o acetato de abril de 1966 que traz takes e mixagens diferentes do material que acabou indo pro disco oficial no ano seguinte. Há apenas duas cópias conhecidas dessa versão e uma delas foi vendida em 2002 por US$25.200.
– Sim, é obsessivo. Mas em um certo sentido cada um desses é uma peça de arte de Warhol – diz Mark na reportagem.
Se você curte esse tipo de obsessão, vai gostar de ver esta lista com muitas versões diferentes do disco.
Se não for o caso, recomendamos este vídeo abaixo que demonstra perfeitamente o clima de experimentação da banda:
Christopher Gregory for NPR