Copa Noize | Costa Rica X Itália

20/06/2014

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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20/06/2014

A bola já está rolando no campo da Copa NOIZE. A partida de hoje é entre duas sonoridades bem diferentes: Costa Rica e Itália. E avisamos: não vai ser fácil escolher sua seleção preferida.

O que conta aqui é experiência, habilidade técnica e originalidade musical. Pra mostrar a quantidade de música boa e nova que a gente pode encontrar em cada país, escolhemos 11 bandas e artistas de cada nacionalidade. A gente já aprendeu: basta procurar para encontrar. Dá uma olhada nas escalações, inspiradas nos esquemas táticos de verdade desses países para o Mundial 2014, que estão logo abaixo.

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Costa Rica

costarica

Jogando no esquema defensivo 5-3-2, a seleção costa riquenha da Copa NOIZE entra em campo com muita habilidade técnica e versatilidade. Mesmo reforçado na defesa, é um time ágil o bastante para descadeirar qualquer adversário.

Gol
Peregrino Gris
Resguardando gol, está o grupo de música céltica Peregrino Gris. Esse não é um jogador que se encontra em qualquer lugar. Suas harmonias míticas que confundem os atacantes e os levam para outras realidades é sua habilidade mais poderosa. Conta com a originalidade pra lidar com as bolas difíceis.

Defesa
Mekatelyu + Balerom + Walter Ferguson + Malpaís + Gandhi
A defesa costa riquenha é reforçada em número e qualidade técnica. O papel de Walter Ferguson é fundamental para o fortalecimento da retaguarda. Ele é o capitão que tranquiliza e dá gás ao time com seu calipso. Quem fica mais atrás é o Mekatelyu, com a calma suficiente para pensar nas jogadas que a defesa fará. Mas se tiver bola dividida com o adversário também não tem problema, o defensor chega firme com seu reagge de raiz e ainda consegue sair livre com a bola. O trio da barreira, que aguenta qualquer pancada, é Balerom, Malpaís e Gandhi, os queridinhos da torcida da Costa Rica. Balerom é um jogador completo, o sonho de qualquer treinador: sabe dedilhar bem o violão, cria canções e as interpreta. Caso apareça alguma chance de contra-ataque, Gandhi e Malpaís têm a explosão sonora necessária para sair em disparada e, quem sabe, marcar para o time. Essa dupla se conhece desde os anos 90 e por isso sabe fazer uma boa troca de passes. Eles apostam nos solos de guitarras e na mistura do rock com elementos latinos.

Meio-campo
Crypy + Cocofunka + Debi Nova
A Costa Rica não é uma seleção fácil de sofrer contra-ataques. Isso porque no meio do caminho tem o marrento Crypy, rápido como suas rimas. O rapper só terá que tomar cuidado pra não se irritar demais por besteira e levar o vermelho já nos primeiros minutos. Se ele conseguir se manter no jogo inteiro, é um grande auxílio ao Cocofunka, que faz a troca de passes com os atacantes. Quem dita as regras do meio-campo é a disciplinada Debi Nova, que desvia com graça a bola dos adversários. Ela é a estrela do time. Começou nova, mas agora já é reconhecida internacionalmente pela sua voz e desenvoltura. O triângulo mágico do meio-campo da Costa Rica também é conhecido pela troca de passes, valorizada pela mistura de sonoridades latinas do Cocofunka.

Ataque
Cantoamérica + Editus
O gingado afrocaribeño do Cantoamérica somado ao perfeccionismo das harmonias do Editus são os alicerces do ataque costa riquenho. Experiente, o Cantoamérica controla a área adversário com sua forte música local para o Editus ir sem medo conquistar o gol. A experiência também é uma característica do Editus, que usa a autenticidade e criatividade pra criar jogadas inteligentes com sua dupla. Os dribles embalados pelos acordes impecáveis são sempre certeiros.

Itália

italia

A Itália está vindo com um time macarrônico nesse campeonato. Dentro do esquema 4-4-2, a seleção reúne jogadores da nova geração da música italiana com veteranos que já se tornaram clássicos. O meio-campo é meio viajandão, mas a zaga e o ataque são verdadeiras patrolas.

Goleiro
Luciano Pavarotti
Esse tem fome de bola. Com um dos gogós mais potentes do mundo, Pavarotti entra em campo com fôlego pra defender qualquer bola maldosa. É verdade que não é um goleiro muito veloz, mas seus tenores vigorosos conseguem fechar bem a goleira italiana.

Defesa
Canadians + Karnea + A Toys Orchestra + Marlene Kuntz
O forte da zaga da Itália são as jogadas agressivas, que atingem as canelas e ouvidos dos atacantes com seu rock indie spaghetti. Próximos ao goleiro, Canadias e Karnea não poupam distorção pra defender sua área, são zagueiros de garagem muito influenciados pelo pós-grunge. Nas lateral esquerda está A Toys Orchestra, que jogou por muito tempo no exterior e hoje até canta em inglês. Seu estilo é bem independente e sua qualidade técnica é incontestável, ainda que não prime pela originalidade, é um jogador que se sustenta bem no ritmo dançante. Do outro lado, Marlene Kuntz brilha em campo. Esse zagueiro cria jogadas impensáveis, que fazem o público vibrar a cada acorde. É um cantor habilidoso, munido de voz rouca e sonoridade excêntrica.

Meio-campo
New Trolls + Perigeo + Osanna + Goblin
Os meio-campistas dessa seleção são os melhores jogadores do rock psicodélico italiano. Na retranca, o dinossauro New Trolls toca pra frente e não se entrega nunca. Desde 1967, esse jogador é uma potência do rock italiano, seu guitarrista Nico Di Palo é um dos mais antigos guitar-heroes da Itália. É ele quem constrói os passes pro Perigeo e o capitão do time, Osanna. Perigeo é um lateral de poucas palavras, seu jogo é completamente instrumental e imprevisível, baseado na criatividade do jazz rock. Osanna é daqueles que jogam bonito, misturando uma sonoridade erudita com guitarras hippies-lisérgicas e pinturas faciais que amedrontam a defesa adversária. Criando campo para as finalizações matadoras do ataque, está Goblin, jogador instrumental sombrio e perigoso que sabe driblar com sintetizadores, mas também lançar solos agudos de guitarra pros atacantes.

Ataque
Gaznevada + Skiantos
Os atacantes da Itália provam que o país da pizza também gosta de dar porrada. A dupla Gaznevada e Skiantos não é novidade: desde os anos 70 eles representam a vanguarda do movimento punk italiano. Skiantos é mais bem-humorado e agressivo, seu jogo é mais sujo e barulhento que o do Gaznevada, que é mais eclético e une outros estilos, como o reggae. No fim das contas, os dois são muito perigosos pro goleiro do time oposto.

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20/06/2014

Revista NOIZE

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