De A-ha a Sade, relembre os 10 discos mais vendidos em 1985

17/03/2025

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Por: Luan Gomes

Fotos: Reprodução

17/03/2025

Se 1985 tivesse uma trilha sonora oficial, ela seria uma cacofonia de sintetizadores, solos de guitarra grandiosos e baladas pop irresistíveis. Era um ano de transição na música norte-americana: o rock ainda dominava as paradas, mas o pop sofisticado e o R&B moderno começavam a moldar o futuro da indústria.

O compact disc (CD) dava seus primeiros passos, mas o vinil ainda reinava absoluto, e os números de vendas refletiam um mundo fascinado por superproduções e videoclipes em alta rotação na MTV. A seguir, confira um panorama dos dez álbuns mais vendidos naquele ano, que ajudaram a definir o som de uma década. A lista foi pautada a partir dos discos mais populares na Billboard.

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1. Brothers in Arms – Dire Straits, com vendagem aproximada de 30 milhões de cópias 

Eis o disco que transformou os Dire Straits de lenda cult em monstro de vendas. Primeiro álbum da história a vender mais cópias em CD do que em vinil, foi gravado com tecnologia digital de ponta na época. A banda, liderada por Mark Knopfler, entregou hits imortais como “Money for Nothing” e “Walk of Life”, moldando o conceito de rock de arena para os anos seguintes.

2. No Jacket Required – Phil Collins, com vendagem aproximada de 25 milhões de cópias 

Após conquistar o mundo com o Genesis e se lançar na carreira solo com seu soft rock de pegada emotiva, Phil Collins decidiu expandir seus horizontes em seu terceiro álbum. “No Jacket Required” trouxe um Collins mais dançante, com faixas como “Sussudio” e “One More Night”. O disco dominou as paradas e consolidou sua onipresença no pop dos anos 80.

3. Whitney Houston – Whitney Houston, com vendagem aproximada de 23 milhões de cópias 

A estreia que redefiniu os padrões para vocalistas pop. Whitney não apenas entregou um álbum cheio de baladas e R&B refinado, mas também estabeleceu um modelo que influenciaria futuras divas da música. “Saving All My Love for You”, “How Will I Know” e “Greatest Love of All” a levaram ao estrelato imediato.

4. Hunting High and Low – A-ha, com vendagem aproximada de 10 milhões de cópias 

O pop sintético da Noruega nunca foi o mesmo após este lançamento. “Take On Me” e “The Sun Always Shines on TV” ajudaram a estabelecer o synthpop como um dos gêneros dominantes da época, enquanto Morten Harket, com seu alcance vocal e visual de estrela, se tornou ícone global.

5. Songs from the Big Chair – Tears for Fears, com vendagem aproximada de 10 milhões de cópias 

A guinada do duo britânico do synthpop sombrio para um pop mais acessível e grandioso. “Shout” e “Everybody Wants to Rule the World” encapsularam o espírito da época, enquanto os arranjos sofisticados mostravam que Roland Orzabal e Curt Smith estavam um passo à frente da concorrência.

6. Promise – Sade, com vendagem aproximada de 6,5 milhões de cópias 

Com uma elegância que fugia dos excessos típicos da época, Sade entregou um álbum que transitava entre soul, jazz e pop com naturalidade. “The Sweetest Taboo” se tornou a faixa-assinatura da artista nigeriana, enquanto “Is It a Crime” provava que sofisticação e emoção podiam coexistir no mainstream.

7. Afterburner – ZZ Top, com vendagem aproximada de 6,3 milhões de cópias 

O trio texano dobrou a aposta na fórmula que havia reinventado sua carreira em Eliminator( 1983). Mais sintetizadores, mais refrões pegajosos e videoclipes estilizados garantiram hits como “Sleeping Bag” e “Rough Boy”, consolidando o blues-rock de ZZ Top na era do pop high-tech.

8. Heart – Heart, com vendagem aproximada de 5,8 milhões de cópias 

Os anos 80 exigiam reinvenção, e Ann e Nancy Wilson entenderam isso rapidamente. Apostando em uma produção mais polida e faixas assinadas por hitmakers, “Heart” trouxe singles massivos como “What About Love” e “These Dreams”, transformando a banda em fenômeno do hard rock.

9. Scarecrow – John Mellencamp, com vendagem aproximada de 5,7 milhões de cópias 

O álbum que fez de Mellencamp um cronista musical da classe trabalhadora americana nos anos 80. Entre guitarras rústicas e letras ácidas, músicas como “Small Town” e “R.O.C.K. in the U.S.A.” capturaram um espírito de resistência em meio à era Reagan, tornando-se hinos instantâneos.

10. The Dream of the Blue Turtles – Sting, com vendagem aproximada de 5,6 milhões de cópias 

Estreia solo do ex-vocalista do The Police, onde mergulhou de cabeça no jazz fusion. Com um time de músicos virtuosos e canções como o hit “If You Love Somebody Set Them Free”, Sting mostrava que podia expandir seu universo musical sem perder a pegada pop.

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17/03/2025

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Luan Gomes