Fotos: Pretícia Jerônimo
Tudo estava acertado: Bernardo, Téo e Estrela viriam para Nova York (onde eu moro e estudo), deixariam as malas no meu apartamento e já no dia seguinte partiriam para Austin. Eles tinham sido escalados para tocar em uma das festas não-oficiais do South by Southwest (SXSW, para os íntimos) – um dos maiores festivais de música alternativa do mundo. Era a chance de levar o novo som de Curitiba e do Brasil para terras gringas. Depois de cinco dias de música e contatos, eles voltariam e tocaríamos juntos em um bar no Village e em uma festa da Escola de Artes da Universidade de Columbia. Depois, tínhamos uma entrevista em um programa de música brasileira na WKCR, a mais antiga estação FM do mundo. Eu já tinha me escalado para estes compromissos em NY mesmo antes de ser oficialmente convidada. Não é para isso que servem os amigos e conterrâneos?
Mas, como boas histórias geralmente precisam de um “porém”, o nosso se deu na forma de uma mensagem no Facebook: o lugar em que os três iriam ficar, em Austin, não estava mais disponível – e com esse furo eles perdiam o campo-base de operações texanas. Não havia hotel na cidade que não estivesse usando o festival como motivo para abusar no preço dos quartos.
Foi tomando um café da manhã em um diner – daqueles bem americanos, com bacon, ovos e panquecas – que a solução se apresentou. Já que vamos improvisar, que seja em grande estilo e na forma de uma roadtrip! Foi assim que eu e Pretícia Jerônimo, fotográfa que também mora em NY e já conhecia a galera de outros carnavais – acabamos de passagem na mão meras 12 horas antes de partirmos em viagem para fazer parte dessa aventura. E tudo bem que, por motivos de economia, a passagem era para San Antonio e não para Austin. E tudo bem, também, que o hotel mais em conta que achamos era na cidade de Seguin. Tudo bem, daríamos um jeito.
Agora acompanhados de uma fotógrafa profissional e uma música-amadora, Bernardo, Téo e Estrela partiram para uma profissional e improvisada turnê americana. Aqui você acompanha nas imagens de Pretícia Jerônimo o que rolou e como tudo acabou dando certo. E viva o jeitinho brasileiro.
Biografia
Bernardo Bravo é compositor e cantor, conhecido pelo seu trabalho no duo Felixbravo e, mais recentemente, no trabalho solo Arlequim. Este último com canções gravadas apenas com voz e piano, foi um dos trabalhos mais celebrados da cena independente em 2013. Também integra, com Estrela Leminski e Téo Ruiz, o Trio Onírico, que está em processo de gravar seu primeiro disco.
Pretícia Jerônimo é a fotógrafa que, além de talento, teve espírito de aventura para acompanhar estes músicos em Austin e Nova York. É a idealizadora do coletivo/hostel Cartier e Galera, que visa hospedar e fotografar artistas independentes de todo o mundo em New York.
Lívia Lakomy é mais (des)conhecida pelo seu trabalho com a banda Lívia e os Piás de Prédio, um projeto músico-jornalístico cujo foco é escrever e gravar apenas músicas sobre Curitiba e região. Em 2014, ela lançou o trabalho solo Subtropical, que mistura música pop com instrumentos de raiz.
Estrela Leminski é poeta, compositora e cantora. Com Téo Ruiz, desenvolveu os projetos São Sons e, mais recentemente, Leminskanções. Neste último, atuou também como pesquisadora e curadora em um projeto de resgate da obra musical de seu pai, o poeta e escritor curitibano Paulo Leminski.
Téo Ruiz é músico, cantor, compositor e um produtor atuante na cena musical independente. Além dos trabalhos musicais desenvolvidos com Estrela e Bernardo, ele também se faz presente nos bastidores, participando dos principais debates e discussões sobre políticas públicas para a cultura.
Um mural enorme de boas-vindas nos recebe em Austin, logo na entrada da Dirty 6th, rua mais badalada do SXSW.
Devidamente representados: Bernardo Bravo com Arlequim, Estrela Leminski e Téo Ruiz com São Sons e Lívia Lakomy com Subtropical.
Posando de rock stars – repare nas pulseirinhas VIP, por favor (Bernardo Bravo, Estrela Leminski, Téo Ruiz e Lívia Lakomy).
“Keep Austin Weird” é a ordem do dia!
Uma das mais de quinhentas festas não oficiais que acontecem durante o festival.
Regra número 1: não deixe o calor atrapalhar o seu estilo.
Os marqueteiros conhecem seu público – um stand para testar baixos de graça.
Aproveitando o dia bonito para um almoço ao ar livre.
Eu realmente não entendi o que está acontecendo aqui. Isto é o SXSW.
É fácil nos sentirmos como um minion perdido na multidão em um festival do tamanho do SXSW.
Posando na Dirty, com alguns transeuntes completando o line-up.
Impossível resistir: WOLFgang Amadeus Mozart tocando na Dirty 6th.
Todo mundo estava lá!
Ainda estamos em dúvida se esses caras estavam lá para a nossa proteção ou para posar para fotos, coisa que eles fazem muito bem.
Artista em intervalo entre performances – ele pode ser a próxima estrela a surgir do festival.
Passeando como se a rua fosse nossa.
Dirty 6th quando o sol se põe.
Bernardo Bravo pensa na vida e contempla o skyline de Austin.
#fotodebanda
Parece propaganda da Mac, mas estamos no quarto de hotel decidindo repertório.
Sem lenço, sem documento, com gps: a caminho do show.
Brazilian showcase!
Bernardo Bravo flagrado em momento de nervosismo pré-show.
Vamos lá, galera!
Já mencionamos que era um show case brasileiro?
Área de trás do Sahara Lounge, mais uma das festas não-oficiais que tomam conta da cidade.
De volta a NYC, um rolê pelo Central Park.
Ideia original: banda fotografada ao atravessar a rua!
Como não podia deixar de ser…
Reconhecimento de campo: Pianos, em downtown Manhattan.
Estrela Leminski.
O time completo.
Nas escadarias da Universidade de Columbia, fazendo um reconhecimento para o próximo show.
Tocando na School of the Arts da Universidade.
Fomos a porção musical de uma noite literária.
Um pouquinho de Curitiba nos coquetéis de NYC.
No ar na mais antiga rádio FM do mundo: WKCR.
Serenos e zen – mesmo no caos do metrô nova-iorquino – com sentimento de missão cumprida.