A onda de cantoras que tentam uma releitura das divas da black music não traz apenas vergonha alheia: Rockferry, da galesa Duffy, é uma boa surpresa dentre os outros representantes do revival. A voz tem personalidade capaz de superar a (por vezes insuportável) pieguice de algumas faixas, como “Distant Dreamer” e “Hanging on Too Low”, e de dar vida às boas letras de “Stepping Stone” e de “Rockferry”. O timbre lembra Dusty Springfield, intérprete de “Son of a Preacher Man”, trilha de Pulp Fiction. Duffy é versátil na bipolaridade de seu álbum: faz bem tanto nos momentos tristes quanto nos dançantes.
>> Por Fernanda Grabauska