O The Wombats surgiu em Liverpool. Nascer e criar uma banda na cidade dos Beatles deve ser um bom presságio. O power trio Matthew Murphy, Daniel “Dan” Haggis e Tord Øverland-Knudsen formou a banda em 2007. Logo com o primeiro disco, “Guide to Love, Loss and Desperation”, eles ganharam um disco de platina e entraram em uma turnê ininterrupta de dois anos para divulgar o álbum.
O segundo álbum veio em 2011: “This Modern Glitch”. O disco foi produzido por Eric Valentine e Jacknife Lee, que também já trabalhou com Snow Patrol, The Hives, Weezer, entre outros. O sucesso do álbum e do single “Tokyo (Vampire & Wolves)” levou o The Wombats aos principais festivais de verão, como Glastonburry e V Festival. O trio ganhou visibilidade, e agora vai se apresentar no Brasil pela primeira vez. O show acontece durante a festa “Mr. Jack’s Birthday”, que vai ser realizada em São Paulo e no Rio de Janeiro. Clique aqui para mais informações sobre o show do The Wombats no Brasil.
De um bar em Paris, o baterista Dan Haggis atendeu nossa ligação para conversar com a gente sobre a primeira vez da banda aqui no Brasil e sua relação com a cidade natal Liverpool, a icônica terra dos Beatles.
O que os fãs podem esperar dos shows?
Nós vamos tocar as nossas músicas do primeiro e segundo álbum. Nossas músicas preferidas, realmente. Nós esperamos muita energia, muito suor e, se possível, muita dança do público.
O trabalho mais recente da banda é de 2011. Novidades estão nos planos de vocês?
Sim, temos um novo single saindo em uma semana, chamado “Your Body Is a Weapon”, é o primeiro single do nosso novo álbum que sai no próximo mês de abril.
Vocês conquistaram um disco de platina logo no primeiro álbum. Como a banda se sentiu em relação a isso?
Nós ficamos chocados, nós éramos novos na época e tudo aconteceu muito rápido. Foram uns anos loucos e, claro, todos ficamos muito felizes. Fazer música todas as noites e viajar pelo mundo: nós queremos continuar fazendo isso por mais 10 anos.
Como é ser natural de Liverpool, a terra dos Beatles? Isso é inspirador?
É, eu acho que sim. Nós estudávamos na escola que Paul McCartney construiu em Liverpool. É uma escola de musica. Nós três estudávamos na escola. Nós encontramos Paul algumas vezes e ele disse que curtia uma de nossas músicas (risos). Liverpool é demais, com muita música e novos músicos surgindo, músicos de folk… Todo bar tem música vindo de dentro, então é certamente um ótimo lugar para viver e para se começar a viver da música.
É bom ser jovem e viver em Liverpool? Por quê?
É um ótimo lugar pra viver, eu vivo metade do tempo em Liverpool e a outra metade em Paris, e Liverpool tem muitos bares para ir, especialmente nos últimos 10 anos. Muitos lugares para beber, para fazer música, muitos estudantes. Toda noite você pode sair e dançar até às 5 horas da madrugada, se você quiser. As pessoas gostam de festa em Liverpool, assim como eu acho que os brasileiros também gostam.
Muitos visitam Liverpool pelos Beatles, mas deve haver outros motivos para conhecer a cidade. Quais são eles?
Tem muitos motivos para ir à Liverpool, fora os Beatles. Tem a rua Penny Lane, que faz parte da história de Liverpool. Os bares, o rio, as pessoas em Liverpool são muito queridas e tem muita energia na cidade. Todo mundo é engraçado, as pessoas riem muito. Mas eu acho que o motivo principal são os Beatles.
A capa de “This Modern Glitch” traz algumas pessoas segurando a foto de um divã. Qual é a história por trás disso?
Sabe quando você vai ao psiquiatra e você senta em um divã? Então, a ideia era mostrar algumas pessoas normais supostamente se divertindo na praia, mas na verdade cada uma tem seus problemas e elas não falam entre si sobre esses problemas, ninguém sabe dos problemas dos outros. Essa era mais ou menos a ideia. Nós falamos disso no álbum também. São pessoas que supostamente são felizes, mas não são.