Exclusivo | Yamasasi e seu surf rock made interior paulista no disco “Colorblind”

30/01/2020

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Brenda Vidal

Por: Brenda Vidal

Fotos: Isabela Yu/Divulgação

30/01/2020

Rock com cheiro de maresia, carregado de riffs sujos, estética noise garagem e letras de uma franqueza que até desconcerta. Ouvir o som do Yamasasi pode transportar você direto para a cena de rock californiana do final da década 2000, mesmo que a banda seja um quarteto formado em 2017 em Piracicaba, interior de São Paulo. Talvez isso faça total diferença, talvez não. O importante aqui é você saber que hoje eles lançam com exclusividade para a NOIZE seu álbum de estreia Colorblind. Ouça em primeira mão abaixo:

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O debut chega às plataformas de streaming amanhã, 31. O registro confere robustez à ascendente carreira dos quatro jovens que começaram a tocar por puro descompromisso, mas que já acumulam na bagagem o EP Hungry/Pace (2019) e passagens por festivais como Locomotiva, Bananada e DoSol. Com 10 faixas, o álbum navega pelo math, noise e surf rock gringos e apresenta composições sobre frustrações, distâncias, isolamento e questões existenciais da juventude.

Formada por João Pedro Matos a.k.a JP (voz e baixo), João Fernando Vieira a.k.a Magrão (guitarra), Fabiano Benetton (guitarra) e Gustavo Ferrari (bateria), o grupo assina os arranjos de Colorblind. A gravação rolou no Casarão Music Studio e tem mixagem e masterização de Franco Torrezan e Benetton. Para conhecer melhor a banda, confira, na sequência, três perguntas que fizemos para a Yamasasi.

A Yamasasi surgiu como algo sem compromisso, mas agora parece ter tomando outra dimensão, né? Qual foi o clique para o projeto virar algo mais robusto e qual o impacto do lançamento de um disco para a trajetória de vocês?
JP Matos:
Acho que nunca teve um clique, as coisas só foram acontecendo. Depois que filmamos uma session pelo Locomotiva, festival daqui de Piracicaba, começaram a nos chamar pra tocar na capital; depois veio o Bananada em Goiânia, DoSol em Natal, e agora cá estamos. Pessoalmente, o lançamento é a coisa mais foda que tá acontecendo na minha vida no momento. Depois de me decepcionar pra caramba com vestibulares, trabalho, vida em geral, ver o resultado desse projeto que a gente botou tanto esforço pra deixar do jeitinho torto que a gente queria é muito gratificante.

A proposta de som de vocês bebe muito de referências gringas e vocês optam por cantar em inglês. Por que essa decisão? Vocês enxergam desafios em estabelecer uma conexão com o público por não estarem cantando em português?
Magrão:
A gente consome muito conteúdo em inglês, as nossas influências são quase todas em inglês, então escrever em inglês acaba sendo mais natural. No começo a gente (eu e JP) não era maduro o suficiente também, em questão de composição, pra escrever algo em português que soasse bom o bastante. Acredito que não tem muito desafio, acho que o inglês já tá tão difundido na vida do ouvinte que nós acabamos sendo vistos como qualquer outro artista do gênero.

Agora que Colorblind tá na rua, quais são os próximos passos?
Magrão: Tocar até não aguentar mais! Participar de mais festivais, visitar mais cidades, ir pra outras regiões do país, assim que der trabalhar em mais material. E é isso aí.

30/01/2020

Brenda Vidal

Brenda Vidal