Depois do álbum “Do seu amor, primeiro é você quem precisa”, Gustavo “Prego” Telles está preparando mais um disco ao lado d’Os Escolhidos. A parceria deu certo e eles acabam de lançar o primeiro single do novo trabalho. “Eu perdi o medo de errar” foi escrita no final do ano passado e gravada entre os meses de junho e julho de 2013 por Vicente Guedes no Estúdio IAPI, amigo de longa data de Gustavo Telles.
Na música, Os Escolhidos, que tem formação flutuante tanto nas gravações como nos shows, foram Daniel Mossmann e Luciano Albo nas guitarras, Murilo Moura no piano elétrico e Alexandre “Papel” Loureiro na bateria. “É um time de primeira linha da música feita aqui [Rio Grande do Sul]”, completa o vocalista.
Ouve abaixo o primeiro single do novo trabalho de Gustavo Telles:
Fomos conversar com o ex-Pata de Elefante pra saber mais sobre o novo single, o novo disco, enfim, a nova fase que o músico está vivendo. Ele nos contou da experiência de ser vocalista e nos adiantou que terá mais novidades chegando em agosto.
“Eu perdi o medo de errar” fala de se reinventar. A letra tem a ver com o momento que tu está vivendo?
Ela tem a ver com a vida de muita gente. É algo mais genérico, mas que se aplica a diversas situações. Eu estava falando com um amigo agora mesmo sobre isso, que ela tem a ver inclusive com o momento que a gente está vivendo no Brasil agora, de todas essas manifestações que aconteceram. Ela não foi feita pra isso, ela foi feita anteriormente, mas eu e alguns amigos meus estávamos falando sobre isso e a gente se deu conta que tem tudo a ver com aquela coisa do cara estar sempre caminhando pra frente e de repente ele muda de postura, muda de atitude pra conseguir resolver aquelas coisas que estavam atrapalhando ele.
O Pata de Elefante, banda que tu passou 11 anos fazendo música, te influencia nesse novo projeto?
Isso é inevitável, porque a minha trajetória foi toda desenvolvida com a Pata. Tanto eu quanto o Gabriel e o Dani, a gente se desenvolveu muito a partir da Pata e com o trabalho da Pata. Então isso não tem como o cara se desassociar e nem teria porque. Eu cresci como músico e como pessoa com o trabalho que a gente desenvolveu com o Pata de Elefante, e foi esse trabalho que nos deu uma certa visibilidade. Musicalmente, [o novo projeto] tem a ver e não tem a ver. É outra coisa, mas evidentemente tem alguns aspectos, quanto à sonoridade, que já apareciam na Pata também. Quem tá conhecendo o meu trabalho agora e já conhecia o da Pata de repente vai pensar ‘tem uma pitada disso aqui que eu já tinha sacado no som da Pata’. Mas são propostas diferentes. Começando pelo fato de que nesse meu trabalho eu canto e a Pata era instrumental. As melodias continuam em primeiro plano, mas agora são conduzidas pela minha voz.
Como é essa experiência de cantar as tuas músicas?
Eu sou melodista, meu processo de produção é muito focado na melodia. Foi na Pata que eu desenvolvi muito isso e agora isso se dá de outra maneira. Agora, ao invés de eu compor pra guitarra ou pra um instrumento de sopro, eu componho pensando na minha voz. Eu já fazia isso antes da Pata só que ninguém sabia, eu fazia pra mim. A Pata já surgiu com a proposta de ser instrumental, então eu parei de fazer isso por um tempo. Depois eu voltei a fazer e pensei ‘eu quero fazer isso, quero cantar também’. Quando eu lancei o primeiro disco, “Do seu amor, primeiro é você quem precisa”, eu lembro que muita gente veio falar comigo dizendo ‘pô, eu não sabia que tu cantava, que legal!’. Então agora tem essa outra característica: eu continuo focando na melodia, mas ela é feita pela voz. É uma outra maneira de eu me expressar e eu to curtindo pra caramba essa fase nova.
O que tu pode nos adiantar do novo disco?
Essa música é o primeiro single do disco que eu estou gravando. Acredito que a gente já gravou 70% do disco, está indo bem pra caramba. Logo, logo teremos novidades aí. Outros singles e outros clipes também. Eu acredito que em agosto eu já lance um single novo.