Josyara e Davi Fonseca avivam público em estreia íntima na Mostra Cantautores

06/12/2022

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Gabriela Amorim

Por: Gabriela Amorim

Fotos: Lucca Mezzacappa/Divulgação

06/12/2022

Um músico sobe ao palco, se apresenta ao centro dos olhares e exibe suas próprias canções para o público, em um espaço de tempo de 45 minutos. O formato pode parecer simples, sem significativos efeitos, mas o público se engana a partir do primeiro segundo que se aloca no assento. Após um hiato de quatro anos, a Mostra Cantautores retornou para Belo Horizonte, no Teatro de Bolso do Centro Cultural SesiMinas, para a sua 8ª edição, nesta última sexta-feira (2).

A curadoria do festival, idealizado por Jennifer Souza e Luiz Gabriel Lopes, lança olhares para diversos “cantautores” do Brasil, sejam eles ancestrais ou contemporâneos, que devem se apresentar com seus instrumentos. No dia de estreia, Josyara, natural de Juazeiro (BA), subiu ao palco de branco e abriu com a canção “Apreciação”, do disco Mansa Fúria (2018). Durante o show, a baiana entoou faixas conhecidas nas vozes de Gilberto Gil, Gal Costa e Belchior, esse último com a música “Na hora do almoço”, de 1974. Exibindo seu carisma em diversos momentos do show, com interações pontuais com o público, Josyara também proferiu críticas ao Spotify pela baixa remuneração dos artistas na plataforma de streaming.

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Após pedidos de bis por todo o público – que se repetiu rigorosamente em todos os shows –, a baiana voltou para fazer sua última aparição no palco. Uma hora depois, o pianista, cantor, compositor e arranjador Davi Fonseca fez a apresentação mais lotada da noite. Munido apenas do teclado sintetizador e piano digital Nord Stage 2, o mineiro cantou as canções “Três Barras” e “Varal”, de seu disco de estreia Piramba (2019), porém o ponto alto da noite se deu com a faixa “Apocalipse à brasileira”, dedicada ao Assentamento Boa Sorte, em Iramaia, região da Chapada Diamantina.

Em constante interação com o público, Fonseca também fez críticas ao Spotify em tom humorado, e igualmente explicava algumas de suas composições. Com capacidade máxima para 103 pessoas, os shows contaram com trabalhos primorosos de iluminação, feito por Flávia Mafra, e som por Bruno Corrêa, que traçaram a atenção e o silêncio do público para a dupla da noite.


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06/12/2022

Gabriela Amorim

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