A organização dos Jogos Olímpicos não parecia saber que o primeiro baterista do The Who já não estava entre nós. Eles entraram em contato com o empresário da banda, Bill Curbishley, para que Keith Moon se apresentasse na cerimônia de encerramento das Olimpíadas, segundo o Sunday Times. Pena que Moon morreu há três décadas.
É pra rir ou pra chorar?
Os organizadores queriam que o falecido baterista se apresentasse em uma espécie de celebração da cultura pop britânica chamada Symphony of Rock, que vai rolar junto ao encerramento dos Jogos Olímpicos, no dia 12 de agosto.
Olha o que o – espirituoso? – empresário respondeu: “Mandei um email dizendo que Keith agora reside no crematório Golders Green, levando adiante a frase hino do The Who: ‘Eu espero morrer antes de ficar velho’”. E completou: “Se eles tiverem uma mesa redonda, alguns copos e velas, poderemos contatá-lo”.
Moon, além ser citado pelo Rock And Roll Hall Of Fame como um dos mais talentosos bateristas da história do rock, também era conhecido por quebrar tudo. E não estamos falando só dos pratos da bateria, mas de quartos de hotéis, da casa própria e de amigos, especialmente quando movido à álcool e drogas. Atirava móveis pelas janelas, essas coisas. E a causa da morte do cara, em 1978, foi justamente uma overdose acidental de medicamentos para controlar o alcoolismo.
Hoje o Who, que já foi um quarteto nos primórdios, segue com dois integrantes originais, o guitarrista Pete Townshend e o vocalista Roger Daltrey. John Entwistle, baixista, morreu em 2002 em função de um ataque cardíaco decorrente de um problema no coração não tratado somado ao uso de cocaína. Quem assume o baixo agora é Pino Palladino. E com John Bundrick nos teclados, Zak Starkey na bateria e Simon Townshend nas guitarras e backing vocals, o grupo britânico, nascido em 1964, segue o baile.