MP: O movimento punk. EUA: Punk de praia e Hardcore

12/11/2012

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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12/11/2012

Na semana passada você viu como, onde e porquê o punk começou. Pois a partir de hoje, vamos descobrir como se alastrou, ajudou a formar novos movimentos e sons.

Finalzinho dos anos 70, começava o hardcore. Um punk mais agressivo, acelerado e politizado, formado por adolescentes suburbanos, skatistas e surfistas do sul da Califórnia. Nesta época, nasceram os primeiros trabalhos do Black Flag e The Dead Kennedys. Com eles, se popularizou o famoso Mosh, ou como se diz por aqui: bate-cabeça, hoje em dia presente em todos os shows de punk hardcore que se preze.

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Ao mesmo tempo, e não muito longe dali, Bad Brains e Minor Threat, faziam o mesmo movimento em Washington DC. Dessa vez, jovens da classe média alta eram os líderes de banda como Teen Idles, Slickee Boys e Fugazi. Foi aqui que surgiu um estilo de vida anti-contra cultura, o Straight Edge (abreviado para sXe ou SxE), associado a música Punk/Hardcore que defende a total abstinência de drogas lícitas e ilícitas. Os percussores: Minor Threat, que viviam sem cigarro, cerveja ou carne vermelha.

Minor Threat

E Washington e Califórnia fizeram, cada qual ao seu modo, história.

Tanto que  Anti-Flag, Dropkick Murphys, The Offspring e Pennywise, bandas surgidas nos anos 90 foram buscar inspirações vindas diretamente do sol da Califórnia, principalmente nas duas bandas de Keith Morris: Black Flag e Circle Jerks.

E o pós-punk de Washington influenciou, nos anos 80, o Emocore (vindo de “hardcore emotivo”). Que voltou ao seu auge de forma mais ampla há menos de uma década atrás. Ou você esqueceu as franjas e os colares de bola?

Mas calma, guenta ai. Tem muita história pela frente.

Pra dar um ideia, a dica da semana vem diretamente do músico e artista plástico Alexandre Sesper.

“Existem bandas que você leva para sempre no coração, aquelas que só de escutar uma música já te remete a determinada sessão, viagem ou acontecimento. Mas muitas coisas na vida também tem começo, meio e fim. E com o Circle Jerks não foi diferente, no meio do processo de criação das músicas para um novo álbum a banda se desentende e o vocalista Keith Morris junto com Dimitri Coats (Burning Brides) que estava escrevendo faixas para o album do Circle Jerks, pegam esse material e iniciam uma nova banda o OFF!

Até ai nada demais, é um filme que estamos cansados de assistir: velhos ícones do punk saem de suas bandas originais e montam bandas que gravam discos que nunca vão superar o que foi produzido há décadas atrás, quando eles verdadeiramente estavam vivendo a cena, com raiva suficiente para escrever e compor obras primas.

Com o OFF! isso é totalmente diferente. Adcionando Steven McDonald (Redd Kross) no baixo e Mario Rubalcaba (Rocket from the Cript, 411, Metroshifter) na bateria inicia um processo de criação que remete aos primeiros dias da The Church, famosa igreja em Hermosa Beach onde as bandas The Last, Black Flag ainda com Keith Morris nos vocais e Redd Kross ensaiavam no inicio dos anos 80. É como se o Black Flag começase em 2009, com Raymond Pettibon tambem fazendo as artes para as capas de disco e merchandise. O mais puro espirito de Los Angeles 1979.

Se o Punk e o Rock sempre estão procurando novas vertentes e soluções para sua fórmula estagnada, posso garantir que com faixas que não devem passar de 1:30 minutos o OFF! simplesmente tritura qualquer teoria da evolução musical. Traz em um 4 disc 7″ box e um álbum, razões suficientes para você acreditar que fazer algo realmente verdadeiro é muito mais simples do que qualquer um pode imaginar”.

Envie ideias de pauta, informações, sugestões de bandas que hoje fazem jus ao que começou em 70 e construa com a gente este documento inédito no país. Porque o grito de Do It Yourself ainda ecoa. Email: mp@noize.com.br

 

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12/11/2012

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