Ney Matogrosso e Hecto anunciam álbum com o single “Teu Sangue”

14/08/2024

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Thuanny Judes

Por: Thuanny Judes

Fotos: Divulgação/Marcos Hermes

14/08/2024

Ney Matogrosso se une mais uma vez à banda Hecto, duo formado por Guilherme Gê e Marcelo Lader, para lançar “Teu Sangue”, primeiro single do disco Canções Para Um Novo Mundo, previsto para novembro pela Som Livre.

A composição de Gê mistura o rock característico da banda com a MPB de Ney. A canção já havia sido gravada pela Hecto em um feat com Zeca Baleiro, em 2023. Na nova versão, Ney e Gê se afinam num dueto harmonioso, com interpretações que revelam a força poética da letra.

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A gravação conta ainda com a bateria de Mario Fabre (Titãs) e Carlos Malta nas flautas, além da fala final em espanhol do argentino Juan Capovilla.

“A ideia de fazer um álbum em parceria com o Ney tomou forma após a gravação da voz dele em ‘Nada Será Como Antes. Quando cheguei em casa depois da gravação, peguei o violão e imaginei ‘Teu Sangue’ na voz dele. Quando a música ganhou um novo arranjo, já estava pensando em fazer um dueto com o Ney. Gravei tudo e quando enviei pra ele, a resposta foi: “adorei!”. Foi assim que tudo começou”, revela Guilherme.

Para Ney, “Teu Sangue” tem uma poesia que combina com sua personalidade e com o tipo de parceria que vem firmando ao longo de sua carreira: “gosto muito da música, ela é potente, atual e só fala verdades”. Mesmo colaborando com diversos artistas, como Criolo, Nação Zumbi, Titãs, Vitor Pirralho, entre muitos outros, o cantor só havia lançado um disco completo em parceria até o momento: Vagabundo (2004), com a banda Pedro Luis e a Parede. 

Em bate-papo, os artistas comentam o processo de criação do disco. Confira!

Você conheceu o Ney durante a montagem do musical Puro Ney, em 2017. Naquele momento, você colaborava na banda do espetáculo. Como foi esse encontro?

O que seu deu naquele momento, além do contato, foi a questão do mergulho na obra dele. Porque o espetáculo tinha 22 músicas de toda a trajetória do Ney. Então, eu mergulhei na obra dele, que eu já conhecia em grande parte, mas quando você vai ensaiar e tocar no espetáculo aprofunda tudo. Ali que eu comecei a entender algumas coisas de registro de voz dele, das direções que ele pegou artisticamente. E a gente ficou em contato durante esse tempo de espetáculo, então enviei algumas músicas pra ele.

A música “Teu Sangue” foi imaginada na voz do Ney. Como foi o processo de criação dessa música?


Em 2021, quando comecei a fazer o arranjo de “Nada Será Como Antes (Nothing Will Be As It Was)”, fiz algo meio pink floydiano. Depois, comecei a escutar e a entender que a voz do Ney caberia perfeitamente, fiz o convite, ele topou gravar e foi sensacional. Logo após a gravação dessa música, em 2023, cheguei em casa e fiquei imaginando “Teu Sangue” na voz dele. Foi o momento em que o portal se abriu pra coisa toda. Quando me dei conta, e entendi o lugar da voz dele nessa música, fiz um arranjo específico pra onda dele, mas sem descaracterizar a nossa vibe rock. Então, ela surfa pelo MPB e pelo rock, tem uma mistura bem equilibrada.

De quem foi a ideia de gravar um álbum juntos?


Logo depois dessa gravação, começou a pintar a ideia de outras músicas, mas nada concreto. Comecei a entender a voz dele em outras músicas, que são, digamos que, primas e irmãs dessa música. Era uma série de músicas que eu tinha feito num determinado período, eu fui achando esses tons todos. Quando eu mandei “Teu Sangue” pro Ney, ele tocou, ele mesmo falou “olha, se for gravar, me chama, gostei dessa música”. Veio o sinal, né? Marquei uma reunião com ele, apresentei outras músicas e ele topou essa empreitada com a gente. Algumas músicas já estavam prontas, mas parece que tinham sido feitas pra ele, porque era tão perfeito. É a coisa do não-tempo

Ney, como está sendo voltar ao estúdio dividindo a construção de mais um álbum?

É uma maneira diferente, por exemplo, da que fiz com a banda Pedro Luis e a Parede (em Vagabundo, de 2004). Com eles, a gente sentou e ensaiou todo o repertório e depois gravamos. Com o Gê, está sendo diferente: ele me apresenta música por música. Algumas a gente vai direto pro estúdio e grava, é outro formato. 

Existe uma sinergia enorme entre você e a Hecto. Como você entende essa parceria?

É uma afinidade de pensamento mesmo. Eu gosto muito das palavras que são ditas nas músicas que o Gê me mostra e que ele me convida pra tocar.

Como é para você misturar a sua música com outros estilos e, até mesmo, outras gerações?

Eu gosto da mistura! Eu gosto de me misturar com variados tipos de música, com variados artistas. Acho que sempre é muito produtivo. E com o Gê está sendo assim!

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14/08/2024

Thuanny Judes

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