Mais do que uma banda, Amplexos é uma vivência.
O grupo existe há dez anos em Volta Redonda, onde os músicos moram praticamente juntos, no interior do Rio de Janeiro. Depois de lançarem A Música da Alma (2012), Jerusalém (2014) e A Música da Alma Dub (2014) – que conta com remixes do Mad Professor e Scientist -, a banda lançou hoje seu quarto disco: Sendeiro (2015), disponível para download gratuito aqui.
Ouça abaixo:
A produção do álbum ficou por conta da própria banda, que registrou todo disco em um só dia no seu estúdio doméstico. Quem coordenou as gravações foi o músico pernambucano Buguinha Dub, como conta o vocalista e guitarrista Guga Valiante: “A gravação rolou em um dia porque o Buguinha tinha só 2 dias pra trabalhar conosco aqui em Volta Redonda. Um dia inteiro foi de montagem do estúdio. No dia seguinte, foi chegar e gravar de uma vez só, sem pausa, tudo ao vivo, com todo mundo tocando junto. Rolaram depois uns overdubs, voz, teclados, percussão, mas o grosso foi todo feito ao vivo”.
Masterizado por Tomas Joshen em Santiago, no Chile, Sendeiro conta com um convidado mais que especial: Oghene Kologbo, famoso por ser o guitarrista do Fela Kuti. “Em 2012 e 2013, a gente se esbarrou no Rio e ele veio pra Volta Redonda, passou uns dias na nossa casa/estúdio e virou nosso professor e amigo. Aí, quando terminamos de gravar a faixa ‘Do Perdão’, achamos que cabia uma guitarra afrobeat e não teve como não chamar o Kologbo, a maior referência disso no mundo. Mandamos a música e ele gravou sua parte de Paris, onde ele mora. Imagina, o cara botou no nosso disco a mesma guitarra que tá em todos os álbuns do Fela Kuti! É muita honra”, comenta Guga.
Sendeiro é o resultado de uma década dessa banda que pretende ser um agente de transformação tanto para seus músicos quanto para seu público. O vocalista do Amplexos explica: “É tudo muito transparente, direto, simples e urgente. A matéria cega o homem, o dinheiro corrompe, o poder deslumbra… Nossa música vai por outro lado. Ela trouxe uma evolução pra gente, a descoberta da divindade latente, do eterno que há em nós… Queremos espalhar isso pra que outras pessoas se descubram também parte disso. Somos a faísca!”.