De batidas graves, a Bahia entende. Antes mesmo da criação do trio-elétrico, pelo duo musical Dodô e Osmar, que transformou para sempre o carnaval baiano pelo sistema de soundsystem, o povo já era familiarizado com a potência dessa musicalidade pela herança transcendental africana. Desde os bumbos do Candomblé — religião afro-brasileira amplamente praticada —, esses ritmos vêm sendo absorvidos na cultura da Bahia e fomentando a identidade sonora que conhecemos hoje.
O caldeirão de referências contempla o dub — que se conecta diretamente com as raízes jamaicanas, ricas e fortes nesse contexto —, a música eletrônica, o axe music, o hip-hop e as guitarradas do pagodão baiano. Um dos grandes momentos que emularam o pioneirismo do estado com a Bass Music foi o Movimento Bahia Bass, amparado pelo selo Braza e comandado por Mauro Telefunksoul, para lançar a primeira coletânea do gênero: o Bahia Bass Vol. 1.
Após o estímulo e movimentação do próprio público — produtor e consumidor dessa cultura — , a Bahia se espalhou por todo o território nacional (e internacional) e não há quem não seja contagiado pelo grave batendo. As batidas, que ecoaram nos paredões de som e na cultura periférica pelas eletrônicas “com a cara da Bahia”, com o tempo, tomaram ainda mais forma e grandes artistas, como, por exemplo, o ÀTTØØXXÁ seguiram personalizando a identidade sonora do povo baiano.
“Minha mãe ouvia outras coisas em casa, mas não dava pra superar, porque eram todas as casas ouviam pagodão e arrocha e eu queria aquilo pra mim”, explica o guitarrista do grupo, Wallace Carvalho, no quarto episódio da websérie da Rider, “Sente As Cores. Sente a Música”. No projeto, a trupe estampa as referências, vontades e a ousadia que estimulou o ÀTTØØXXÁ a ser o que é: referência máxima na Bahia.
Para acompanhar a Websérie e outras novidades, é só acessar a página oficial do Instagram da Rider, além de acompanhar a trajetória de vários artistas incríveis, você poderá conhecer os modelos de papetes da linha “Sente As Cores. Sente A Música”.