Ladytron. Saca aquele grupo de Liverpool, de hits sombrios e sacolejantes como “Destroy Everything You Touch”, um dos mais influentes e interessantes nomes do electro anos 00?
Pois Daniel Hunt é a cabeça pensante por trás do quarteto britânico.
Ele também é produtor – já assinou trabalhos pra gente como Christina Aguilera, Placebo e Blondie –, assina trilhas sonoras – como a do filme “Would You Rather”, com a atriz Sasha Grey – e arrisca de DJ mundo afora. Nesta quinta, por exemplo, Daniel comanda as picapes do Club Yacht, em São Paulo.
E revela pra NOIZE qual a track que não falha na pista de dança.
O que uma música precisa ter pra ganhar seus ouvidos?
Alteridade. E isso não significa que ela deva ser obscura; existe uma qualidade subjetiva, que eu não tenho uma palavra pra definir, mas que está na maioria das minhas músicas favoritas. Tenho certeza de que há uma ciência para explicar isso.
Você tem um disco favorito?
É incrivelmente difícil identificar assim, de bate pronto. Mas, pra mim, nada bate “Loveless”, do My Bloody Valentine.
Qual a melhor track pra pista de dança? Aquela que você toca e levanta o povo sempre, nunca falha?
Depois desses anos todos, eu continuo gostando muito de tocar o remix do Vitalic para “Sabali”, do Amadou e Mariam, quando chego próximo do final do set.
E aquela que você adoraria tocar em uma festa mas acha que o povo não entenderia?
Nesse tipo de circunstância, eu toco mesmo assim. Eu costumava rolar bastante “Prince No Deserto Vermelho”, do Akt, em clubs na Europa e EUA. A maior resposta que ela já me deu foi um balançar de cabeça do barman desse bar chamado Trackers, mostrando que ele reconheceu a música. O que, pra mim, significou o mesmo que a pista cheia.