O retorno e os dez momentos inesquecíveis dos ultramanos

05/03/2013

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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05/03/2013

É preciso voltar no tempo para entender o atual momento da banda Ultramen. Em 2008, no encerramento da turnê do álbum “Capa Preta” em Porto Alegre, o grupo liderado pelo vocalista Tonho Crocco anunciou aquilo que poucos imaginavam que um dia pudesse acontecer: a banda iria encerrar as suas atividades por tempo indeterminado e sem previsão de retorno. Nem mesmo o DVD gravado naquele final de ciclo – atualmente em fase de edição e masterização – serviu para compensar o sentimento de perda que cada um dos fãs levou para casa, após mais uma noite memorável que misturou rap, rock, samba e funk.

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Mas depois de cinco anos e uma série de trabalhos solos e paralelos, uma das bandas mais queridas do rock gaúcho confirmou no ínicio de 2013 a sua reunião. “Acho que foi um tempo bom para os integrantes realizarem projetos pessoais que não tinham vazão nos quase 17 anos ininterruptos de estrada”, avalia o baixista Pedro Porto, em uma entrevista exclusiva concedida à Noize. “A gente já sabia que existia um grande desejo de ver a Ultramen em ação novamente – e ver a reação dos fãs deixou isso muito mais claro para nós. A nossa vontade de botar a banda na ativa só aumentou”, completa.

A comoção do público tem sido realmente incrível nesses últimos meses. Desde o anúncio oficial do retorno, feito em janeiro, até hoje, véspera do primeiro show, a banda viu praticamente todos os ingressos disponíveis evaporarem. O show de amanhã é, inclusive, uma data extra, fixada para garantir que ninguém ficasse de fora do espetáculo marcado inicialmente apenas para a quinta-feira. “Esperávamos que fosse haver uma boa procura pelos ingressos, mas a quantidade vendida nos primeiros dias nos surpreendeu”, conta Porto. A verdade é que o carinho e o reconhecimento dos fãs não se deteriorou com o tempo. Pelo contrário, só aumentou. “Será que estando fora da mídia seríamos esquecidos pelo público? Felizmente o tempo mostrou o contrário: esses anos fora dos palcos parecem ter fortalecido o nome da banda”, complementa. O espaço da Ultramen dentro da música gaúcha já estava conquistado – e pelo jeito assim vai permanecer, por muitos outros anos ainda.

Da formação mais duradoura, somente o guitarrista Alexandre Guri não participará da reunião. “O Guri mora na Nova Zelândia há alguns anos. Infelizmente ele não conseguiu se organizar a tempo, mas deve vir nos próximos meses. Quem vai tocar guitarra nesses primeiros shows é o Chico Paixão, da Funkalister”, adianta Porto. E, para a alegria dos fãs, a velha Ultramen não deixará de fora do repertório nenhuma das suas músicas já consagradas. “Vamos simplesmente tocar um apanhado do que a gente produziu durante os 17 anos de existência. As músicas mais representativas da carreira, como “Bico de Luz”, “Dívida”, “Peleia”, “General”, “Máquina do Tempo”, “Grama Verde” e “Tubarãozinho”, estarão lá”, completa.

Quem ficar de fora dos dois shows da Ultramen no Opinião, amanhã e quinta-feira, não precisa se preocupar. Pelo menos por enquanto. “A ideia é fazer uns 20 shows ao longo de 2013, no interior do RS e em outros lugares do Brasil. E também tem o DVD que queremos lançar o mais rápido possível. Vai ser muito legal se voltarmos a compor juntos. Mas, honestamente, não estamos pensando nisso agora. O foco está nos dois shows do Opinião”. Com a Ultramen é uma coisa de cada vez.

Os 10 momentos marcantes da história da Ultramen, para Pedro Porto:

“Em 1991, a banda, na época formada apenas por Zé Darcy, Júlio Porto e eu, gravou uma fita demo e mandou a música “Top Secret Technique” para o programa A Hora do Demo, da Kátia Suman na Ipanema. O Tonho Crocco ouviu o programa e se apresentou pra assumir os vocais”.

“Nosso primeiro show no extinto Porto de Elis. Nessa noite dividimos o palco com a banda L.O.R.D.S., em que o DJ Anderson tocava na época”.

“O show de lançamento do primeiro disco, “Uitramen” (1998), no Opinião”.

“A gravação do disco “Olelê”, em 2000, no sítio dos imãos Dreher em Morungava. Ele foi produzido pelo Beto Machado e posteriormente mixado no Rio de Janeiro”.

“O show na Pizzaria Cha-La-La, na Guarda do Embaú. 2000, noite de reveillon e mais de três horas de espetáculo, com uma participação inesperada do Vince Black, que já tocou no Black Uhuru, banda da qual somos muitos fãs”.

“As primeiras turnês brasileiras e os shows no Rio, em 1994; e no Festival Super Demo, na Bahia, em 1995”.

“O nosso show do primeiro Fórum Social Mundial, em 2001, no anfiteatro às margens do Guaíba. Talvez pela carga política das letras – não confundir com partidária – fazia sentido estar ali”.

“A gravação do DVD “Acústico Bandas Gaúchas”, pela importância de um trabalho com a MTV e dos grupos envolvidos”.

“O nosso único show fora do Brasil, no Cosquin Rock Festival, em 2003, na cidade de Cosquin, na Argentina”.

“Todos os shows no Ocidente. Pelo astral”.

“Tubarãozinho” é o último videoclipe produzido pela Ultramen:

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05/03/2013

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