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core/freeform

Era 2013 quando a Ombu estreou seu primeiro EP, Caminho das Pedras. O som cru e visceral que se ouviu na época foi só o começo de uma longa caminhada pela cena alternativa brasileira que, hoje, culmina no novo EP da banda: Pedro. Lançado pela Balaclava Records, o material está saindo com exclusividade pela NOIZE acompanhado de um faixa a faixa pra sacar bem a vibe (confira abaixo). 

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Gravado no paulistano Estúdio Cavalo, sem pressão, Pedro é o resultado da interação fluída entre os músicos e o pessoal do estúdio: "A gente estava num estúdio de amigos, foi bem livre. Enquanto íamos tocando e ensaiando, foi decidido qual era a melhor forma de captar tudo aquilo. No final, estávamos seguros pra gravar ao vivo e eles pra fazerem uma captação foda", dizem João Viegas (baixo e voz), Santiago Mazzoli (guitarra e voz) e Thiago Barros (bateria). 

Ao dar play em Pedro, fica claro que aquela crueza instintiva do passado não foi abandonada, pelo contrário, foi refinada a partir de um trabalho intenso de pós-produção: "Nunca tínhamos feito um trabalho de pós que nem esse, separando música por música e pensando nas possibilidades de cada uma. Conseguimos dar as intenções que queríamos pro som", comenta a banda. 

O crescimento sonoro andou de mãos dadas com a expansão do trabalho da Ombu, que já não toca apenas em São Paulo, tendo viajado recentemente para estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Nesse sentido, a trajetória da banda é como a de todas as que circulam no universo artesanal e afetivo da música alternativa: "Vamos para lugares como Caxias do Sul e BH e somos recebidos pelas famílias dos produtores locais. Isso é do caralho, podemos estar bem longe de casa, mas sempre estamos no aconchego de uma", dizem os músicos. 

<a href="http://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2016/06/ombu-2.jpg"><img src="http://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2016/06/ombu-2.jpg" alt="" width="600" height="400" class="alignnone size-full wp-image-103063" /></a>

E se ter uma banda já é bom, por que não ter duas? A Ombu tem uma irmã siamesa chamada <a href="https://www.facebook.com/bandaraca/?fref=ts" target="_blank">Raça</a> e, às vezes, elas se fundem no que chamam de Omça. "Esse é um momento onde a gente se permite tocar instrumentos diferentes, todo mundo toca um pouco de tudo, podemos ficar mais a vontade", comentam. "São bandas que tem propostas de show diferentes, interagem de forma diferente com o publico, mas são as mesmas pessoas. Isso que é bizarro. De certa forma, levar as duas bandas em conjunto faz com que possamos apresentar ambas sonoridades. Cada banda tem o seu poder de alcance e as pessoas estão começando a conhecer uma banda pela outra". 

Alimentando-se de música e amizades, a Ombu diz que se sente hoje mais madura e serena. "Desde o <a href="http://ombu.bandcamp.com/album/caminho-das-pedras" target="_blank">Caminho das Pedras</a>, ficamos mais calmos. O primeiro EP foi muito um reflexo das nossas referências, a partir do <a href="http://ombu.bandcamp.com/album/mulher" target="_blank">Mulher</a> o som começou a ter mais a nossa identidade". 

Pedimos para a Ombu comentar as cinco faixas de Pedro e, abaixo, você pode ouvir o EP completo sacando direitinho a atmosfera de cada música:

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"Sem Mais"
A primeira vez que a gente tocou essa música foi lá na Audio Rebel do Rio, no show de lançamento do CD do gorduratrans, e apresentamos ela por inteiro. Naquele momento nem imaginávamos que ela poderia funcionar como duas músicas diferentes. Porém, no processo de pós produção resolvemos dividi-la em duas, pois achamos que faria mais sentido para o trabalho como um todo. Resolvemos gravar o clarinete mesmo que nenhum dos três saiba tocar muito bem. O Santiago tinha um parado em casa que o irmão costumava tocar, e já tínhamos experimentado ele em algumas composições, mas nunca para nada sério.

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"Sina"
É a segunda parte da música. O legal é que dividimos elas ficaram bem diferente, essa faixa é quase toda instrumental e um pouco mais densa, com somente um verso, "Sem mais poesia". Quando falamos sobre essa separação, o Gabriel (Estúdio Cavalo) ficou em choque e, apesar de duvidar que poderia dar certo, se empenhou pra fazer acontecer.

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"Omça"
Essa é uma música que tocávamos bem mais alto nos shows e sempre escapavam microfonias, e como é uma das músicas mais velhas e conhecidas dos shows, decidimos dar uma saturada na voz e captar elas em PAs. Hoje na medida do possível seguramos a onda das microfonias, mas escolhemos dar essa estética a essa versão mais como uma homenagem ao começo da banda, afinal o EP conta com músicas que nos acompanham desde o começo.

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"Calma"
De todas foi a que menos trabalharmos durante a pós. Já tínhamos começado a pré produção na casa do Thiago quando, a partir de um teminha de guitarra, voltamos a olhar para ela dentro do estúdio e mexer na sua estrutura. Chegamos a pensar em não gravar ela nesse EP mas iria contra a ideia de gravar tudo o que temos composto. Gostamos muito do seu andamento, os momentos de respiro e como isso se relaciona com a letra. 

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"Queria"
Fizemos essa música na escola e ela fala sobre um velho homem se arrependendo de escolhas que fez na vida. Inicialmente ela se chamava "Câncer", depois trocamos de nome. Ela era bem mais rápida e homogênea até decidirmos desenvolver mais a dinâmica e tocar ela do jeito que tocamos hoje, mais lento. Na verdade ela tem influência de uma versão que fizemos em alguns shows com a Omça, que tinha uma intenção meio The For Carnation.

Era 2013 quando a Ombu estreou seu primeiro EP, Caminho das Pedras. O som cru e visceral que se ouviu na época foi só o começo de uma longa caminhada pela cena alternativa brasileira que, hoje, culmina no novo EP da banda: Pedro. Lançado pela Balaclava Records, o material está saindo com exclusividade pela NOIZE acompanhado de um faixa a faixa pra sacar bem a vibe (confira abaixo). 
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Gravado no paulistano Estúdio Cavalo, sem pressão, Pedro é o resultado da interação fluída entre os músicos e o pessoal do estúdio: &#8220;A gente estava num estúdio de amigos, foi bem livre. Enquanto íamos tocando e ensaiando, foi decidido qual era a melhor forma de captar tudo aquilo. No final, estávamos seguros pra gravar ao vivo e eles pra fazerem uma captação foda&#8221;, dizem João Viegas (baixo e voz), Santiago Mazzoli (guitarra e voz) e Thiago Barros (bateria). 
Ao dar play em Pedro, fica claro que aquela crueza instintiva do passado não foi abandonada, pelo contrário, foi refinada a partir de um trabalho intenso de pós-produção: &#8220;Nunca tínhamos feito um trabalho de pós que nem esse, separando música por música e pensando nas possibilidades de cada uma. Conseguimos dar as intenções que queríamos pro som&#8221;, comenta a banda. 
O crescimento sonoro andou de mãos dadas com a expansão do trabalho da Ombu, que já não toca apenas em São Paulo, tendo viajado recentemente para estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Nesse sentido, a trajetória da banda é como a de todas as que circulam no universo artesanal e afetivo da música alternativa: &#8220;Vamos para lugares como Caxias do Sul e BH e somos recebidos pelas famílias dos produtores locais. Isso é do caralho, podemos estar bem longe de casa, mas sempre estamos no aconchego de uma&#8221;, dizem os músicos. 
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E se ter uma banda já é bom, por que não ter duas? A Ombu tem uma irmã siamesa chamada <a href="https://www.facebook.com/bandaraca/?fref=ts" target="_blank">Raça</a> e, às vezes, elas se fundem no que chamam de Omça. &#8220;Esse é um momento onde a gente se permite tocar instrumentos diferentes, todo mundo toca um pouco de tudo, podemos ficar mais a vontade&#8221;, comentam. &#8220;São bandas que tem propostas de show diferentes, interagem de forma diferente com o publico, mas são as mesmas pessoas. Isso que é bizarro. De certa forma, levar as duas bandas em conjunto faz com que possamos apresentar ambas sonoridades. Cada banda tem o seu poder de alcance e as pessoas estão começando a conhecer uma banda pela outra&#8221;. 
Alimentando-se de música e amizades, a Ombu diz que se sente hoje mais madura e serena. &#8220;Desde o <a href="http://ombu.bandcamp.com/album/caminho-das-pedras" target="_blank">Caminho das Pedras</a>, ficamos mais calmos. O primeiro EP foi muito um reflexo das nossas referências, a partir do <a href="http://ombu.bandcamp.com/album/mulher" target="_blank">Mulher</a> o som começou a ter mais a nossa identidade&#8221;. 
Pedimos para a Ombu comentar as cinco faixas de Pedro e, abaixo, você pode ouvir o EP completo sacando direitinho a atmosfera de cada música:
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&#8220;Sem Mais&#8221; 
A primeira vez que a gente tocou essa música foi lá na Audio Rebel do Rio, no show de lançamento do CD do gorduratrans, e apresentamos ela por inteiro. Naquele momento nem imaginávamos que ela poderia funcionar como duas músicas diferentes. Porém, no processo de pós produção resolvemos dividi-la em duas, pois achamos que faria mais sentido para o trabalho como um todo. Resolvemos gravar o clarinete mesmo que nenhum dos três saiba tocar muito bem. O Santiago tinha um parado em casa que o irmão costumava tocar, e já tínhamos experimentado ele em algumas composições, mas nunca para nada sério.
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&#8220;Sina&#8221; 
É a segunda parte da música. O legal é que dividimos elas ficaram bem diferente, essa faixa é quase toda instrumental e um pouco mais densa, com somente um verso, &#8220;Sem mais poesia&#8221;. Quando falamos sobre essa separação, o Gabriel (Estúdio Cavalo) ficou em choque e, apesar de duvidar que poderia dar certo, se empenhou pra fazer acontecer.
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&#8220;Omça&#8221; 
Essa é uma música que tocávamos bem mais alto nos shows e sempre escapavam microfonias, e como é uma das músicas mais velhas e conhecidas dos shows, decidimos dar uma saturada na voz e captar elas em PAs. Hoje na medida do possível seguramos a onda das microfonias, mas escolhemos dar essa estética a essa versão mais como uma homenagem ao começo da banda, afinal o EP conta com músicas que nos acompanham desde o começo.
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&#8220;Calma&#8221; 
De todas foi a que menos trabalharmos durante a pós. Já tínhamos começado a pré produção na casa do Thiago quando, a partir de um teminha de guitarra, voltamos a olhar para ela dentro do estúdio e mexer na sua estrutura. Chegamos a pensar em não gravar ela nesse EP mas iria contra a ideia de gravar tudo o que temos composto. Gostamos muito do seu andamento, os momentos de respiro e como isso se relaciona com a letra. 
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Fizemos essa música na escola e ela fala sobre um velho homem se arrependendo de escolhas que fez na vida. Inicialmente ela se chamava &#8220;Câncer&#8221;, depois trocamos de nome. Ela era bem mais rápida e homogênea até decidirmos desenvolver mais a dinâmica e tocar ela do jeito que tocamos hoje, mais lento. Na verdade ela tem influência de uma versão que fizemos em alguns shows com a Omça, que tinha uma intenção meio The For Carnation.

Era 2013 quando a Ombu estreou seu primeiro EP, Caminho das Pedras. O som cru e visceral que se ouviu na época foi só o começo de uma longa caminhada pela cena alternativa brasileira que, hoje, culmina no novo EP da banda: Pedro. Lançado pela Balaclava Records, o material está saindo com exclusividade pela NOIZE [&hellip;]

Exclusivo | Ombu vai muito além no novo EP “Pedro”

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