Nascido na Nigéria, em 1938, filho de uma feminista atuante e um reverendo protestante e diretor de escola, Fela mudou-se pra Londres em 1958. Foi estudar medicina mas “reality hits you hard brow” e acabou estudando música. Ainda bem.
Não demorou muito e voltou para a Nigéria, onde formou a República Kalakuta, uma comuna independente, com várias casinhas pintadas e cercadas por arame farpado, onde ele passava a maior parte do tempo sentado no trono, de tanga, fumando, e você sabe o quê. Pra completar a alegria e poder total, se casou com 27 mulheres de uma só vez.
Ainda assim, acredite, Fela inventou o gênero musical afrobeat e gravou mais de 70 discos. Também foi candidato a presidente da Nigéria e enfrentou, durante toda vida, um dos maiores ditadores do país.
Em 1977, Fela e o Afrika 70 (sua banda) lançaram o sucesso “Zombie”, que fazia uma comparação ao exército nigeriano. O álbum foi um sucesso entre o público, mas deixou o governo p@*#! da cara, o que iniciou o ataque à República Kalakuta, onde ele foi espancado e sua mãe, arremessada de uma janela, o que causou sua morte.
E sabe como ele reagiu? Enviando o caixão de sua mãe para o quartel principal de presente pra galera.
O cara foi preso várias vezes. Em uma delas, foi pego com um cigarro de maconha e fez o que todo mundo faz: engoliu. Na prisão, ficaram esperando ele ir ao banheiro pra analisar as fezes, mas Fela conseguiu driblar a polícia entregando o “pacotinho” com o conteúdo de outra pessoa.
Em 1984, foi preso novamente pelo governo militar sob a acusação de lavagem de dinheiro. Depois de muita treta, foi libertado. Então, quis se libertar de vez e se separou de toda mulherada que ele tinha casado.
Em 1997, Fela morreu vítima de Aids. Um milhão de pessoas foram ao enterro que, ironicamente, foi preparado com honras militares, com
quatro dias de luto oficial, tudo preparado pelo governo que caçou o músico.
