Proibido Não Gostar: em entrevista, Duda Brack divide segredos do novo álbum

12/07/2024

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Erick Bonder

Por: Erick Bonder

Fotos: Juliana Rocha/ Divulgação

12/07/2024

A cantora e compositora gaúcha Duda Brack inaugura uma nova fase em sua carreira com Proibido Não Gostar, seu terceiro álbum de estúdio. Explorando as intersecções entre a música latino-americana, que tem ganhado cada vez mais espaço no pop mundial, com a música brasileira (também latina, afinal), a artista traz elementos de ritmos como a cumbia, a salsa, o piseiro, a bachata, o funk e o zouk em canções passionais com melodias e refrãos que envolvem o ouvinte.

“Se eu pudesse definir Proibido Não Gostar, seria isso: um disco em que eu quis trazer a latinidade fundida à brasilidade e afirmar as duas como uma só”, declarou Duda em entrevista exclusiva à NOIZE. “Quis entender como a gente pode aproximar essas coisas e se apropriar delas”, complementou, sobre a busca que guiou o trabalho.


O álbum chega com feats de Gaby Amarantos, que divide a composição de “Cumbia Mel”, e Francisco Gil, em “Romance”, composta por Brack em parceria com Felipe Cordeiro, que toca violão na faixa, e Romero Ferro. Coproduzido pela artista e Ariel Donato, o disco possui sonoridade contemporânea, lançando mão de características presentes em diversos gêneros da música popular atual.

A paixão, o prazer, o desejo e o romance são trazidos ao centro das canções, construindo uma trama erótica que vai do início ao fim do trabalho. Trocamos uma ideia com Duda Brack sobre Proibido Não Gostar, seu processo de criação e suas expectativas para o futuro próximo. Confira abaixo.

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O disco traz uma virada na tua carreira. Sai de uma música com influência do rock, um pop alternativo, para trabalhar um pop mais ligado com a latinidade. Qual foi o caminho até chegar nesse lugar de “Proibido Não Gostar”?

Acho que, primeiro, mais do que uma virada, é um momento, porque eu não sei o que vou querer fazer ou inventar no meu próximo álbum. E talvez isso seja uma qualidade a médio e longo prazo, mas é também um problema a curto prazo, porque hoje a gente trabalha muito com algoritmos e com plataformas de streaming, onde é muito importante que o artista ache um nicho onde se posicionar. Só que eu não quero ser um fetiche do algoritmo ou de um nicho e depender do que o público espera de mim. Eu quero, como artista, poder experimentar e sempre trazer autenticidade no que eu estiver fazendo. Os artistas que eu admiro são esses, sabe? Discografias, por exemplo, como a do Ney Matogrosso, que saiu dos Secos & Molhados, um fenômeno, e foi para o Água do Céu-Pássaro, que era um disco totalmente experimental e conceitual, mas na época “flopou”. Eu acho incrível, mas ele mesmo me disse que comercialmente não foi bem. Depois, ele vai para Bandido, que foi justamente o momento de carreira em que ele estava querendo ser mais popular sem perder a qualidade artística e musical. Então, o meu comprometimento como artista é com a minha liberdade de poder explorar coisas diferentes.

A coisa da música latina, da cultura em si, da literatura, do cinema, é uma coisa que eu, como gaúcha, sempre consumi. Porque pra gente, que está muito perto da fronteira, sempre teve esse intercâmbio com o Uruguai. Eu cantei no Expresso 25, que foi um grupo regido pelo Pablo Trindade, um regente uruguaio. Me desenvolvi como artista muito próxima dessa cultura e já venho trazendo isso no meu som desde Caco de Vidro, que tem algumas músicas com essa pegada. Gravei Silvio Rodríguez ali, com “Sueño con Serpientes” e também “Saída Obrigatória”, uma música minha que tem um groove meio latino. Isso é uma coisa que eu quero trazer para o meu som desde 2018, quando passei 25 dias no México e 5 em Havana. Fiquei completamente encantada e muito reflexiva sobre o quanto o Brasil é latino e não se afirma como sendo, principalmente por causa da barreira da língua. Mas pra gente, que é gaúcho, a barreira não existe, porque, ao lado do Uruguai e da Argentina, a gente já cresce falando coisas do espanhol no nosso dialeto. Você vai ouvir músicas do Vitor Ramil e tem palavras que o resto do Brasil não entende. A galera estranha. É mais provável um uruguaio entender do que um carioca. Ao mesmo tempo, eu já estou no Rio de Janeiro há dez anos. O Rio de Janeiro é esse lugar pelo qual passa gente do mundo inteiro e você acaba também absorvendo um monte de outras culturas. Se eu pudesse definir Proibido Não Gostar, seria isso: um disco em que eu quis trazer a latinidade fundida à brasilidade e afirmar as duas como uma coisa só. Tem piseiro, cumbia, salsa, reggaeton, bachata (que é algo muito próximo do nosso arrocha lento). Se você pegar algumas músicas de bachata romântica, vai parecer coisas da Marília Mendonça. Quis entender como a gente pode aproximar essas coisas e se apropriar delas.

Os meus dois primeiros álbuns eram um pouco mais disruptivos, experimentais e conceituais. Eram um pouco mais agressivos. Tinham essa coisa do rock, que é uma energia que eu tenho muito em mim, mas no momento atual não é tanto o que eu estou exalando. No meu primeiro álbum, principalmente, existia um incômodo de estar no mundo. Eu precisava romper com isso pra criar algum lugar onde eu me sentisse pertencente. O meu primeiro disco falava dessa quebra de muro. Ao mesmo tempo, não estava totalmente apropriada desse novo espaço. Hoje, estou num lugar como mulher, como pessoa, espiritualmente, de muito mais plenitude, amor próprio, autoconfiança. Isso acaba refletindo no meu som. E aí Proibido Não Gostar é um disco mais solar. Tem menos essa necessidade de agredir. Acho que ele tem mais a necessidade de dizer: “Vem comigo”. A gente vai mudando, se desenvolvendo como ser humano, isso vai refletindo na obra. Mas mais do que uma guinada, sinto que é uma nova era. Um novo momento. Talvez Caco de Vidro tenha sido uma ponte entre um e outro. Eu já estava tentando procurar esse lugar e não sabia exatamente como achar.


Sobre essa pesquisa com os ritmos latino-americanos, isso vem desde a composição das músicas? Porque nos arranjos, na produção, esse lado fica explícito, mas queria saber como foi o processo desde a composição até o estúdio. Como foi elaborado esse caminho estético e sonoro para o álbum?

Então, esse disco, nesse sentido da composição, também é um novo momento, porque é a primeira vez que eu lanço um álbum totalmente autoral. As canções são minhas. O É foi um trabalho de intérprete. Depois, no Caco de Vidro, comecei a gravar canções minhas. “Ouro Lata”, que é um feat com Ney e BaianaSystem, por exemplo, é uma composição minha. Eu estava lendo As Veias Abertas da América Latina, do Eduardo Galeano. De lá pra cá, eu venho me desenvolvendo muito como compositora. Ao mesmo tempo, nunca foi uma coisa assim: “Eu quero fazer um disco todo autoral, porque quero ser compositora.” Não tenho esse ego. Meu processo de composição é muito mais uma brincadeira. A partir desse lugar permissivo, fui conseguindo encontrar nas minhas canções as coisas que eu queria dizer. Fui conseguindo transformar as coisas que eu vivia e sentia em música, junto com os meus parceiros. Eu não tenho muito apego com as minhas ideias e também não tenho vergonha de jogar algo fora quando estou compondo com os outros. Eu falo: “Se não for legal, não usa”. Essa leveza tornou o processo de composição do álbum muito gostoso. Eu componho quase sempre à capela, mas toco um pouco de violão. Tenho um show voz e violão. Normalmente, quando vou compor, é porque a melodia soprou no ouvido. Tem uma música nesse álbum que se chama “Neném”. Eu sonhei com o refrão, com uma multidão cantando. Acordei, lembrei e gravei. Fiquei tão assustada com aquilo que mandei para o Romero Ferro. Ele falou: “Amiga, isso é um hit. Vamos fazer.” E aí ele fez comigo o resto da música. A coisa de compor foi muito fluida. Nada eu compus pensando: “Isso aqui vai ser uma salsa, uma cumbia”. Já sabia que queria essa coisa latina, mas, no mais, penso nas canções em si. Porque acho que, independente do arranjo ou do ritmo, se uma canção é boa, ela vai ser boa à capela, com beat eletrônico, com quarteto de cordas. Acima de tudo, esse disco flerta com várias coisas que estão em voga no pop, mas ele é sobretudo um disco de canções, de melodias e letras.

Eu tenho uma cabeça muito voltada para a produção musical. Gosto muito do assunto dos timbres, da pesquisa estética. É uma coisa que valorizo muito no meu trabalho. Sou chata mesmo, sabe? Não chamo qualquer produtor pra trabalhar junto. Não funciona pra mim. A Andrea Franco me chamou pra fazer esse disco pelo selo dela e trouxe o Ariel Donato, que eu já conhecia de nome, mas não conhecia profundamente o trabalho, porque ele circula mais na cena do trap e agora está começando a fazer muita coisa no pop. É um cara que tem muita bagagem gigante de MPB, gospel, R&B. Eu precisava de alguém que entendesse de onde eu estava vindo e pra onde eu queria ir. Que entendesse minhas referências, toda essa coisa da música brasileira, mas que também entendesse a vontade de sempre estar olhando para o futuro e de fazer um som que soasse fresh. Apesar desse álbum não ser conceitual e diferentão, acho que tem um frescor na sonoridade. O Ariel me ajudou a encontrar isso. Eu vinha com as referências e ele ajudava a seguir em frente. Em “Mistério Solar”, por exemplo, eu queria uma onda meio “Despechá”, da Rosalía. No final, falei: “Cara, vamos botar uma salsa, meio Camila Cabello“. A gente foi construindo os arranjos a partir das referências. Ouvi muitas coisas pra fazer o disco: Rosalía, Camila Cabello, Anitta. E também tiveram canções em que não levei nada, porque à medida que fui criando confiança com Ariel, fui abrindo mais espaço. A música que eu mais gosto do álbum, “Dois por Engano”, eu não tinha referência de arranjo, não sabia muito o que fazer. E aí o Ariel sentou na frente do computador, foi fazendo e, quando vi, estava hipnotizada pelo que ele construiu. Ele conseguiu traduzir em som tudo que eu sentia quando fiz a canção.


Quero falar sobre os feats. Tem a Gaby Amarantos, que é uma grande representante dessa conexão entre a América Latina amazônica e compôs “Cumbia Mel” contigo, e também o Francisco Gil. Como é que tu escolheu os nomes? 

Em 2022, eu e Gaby fizemos a novela Além da Ilusão. Éramos vilãs e acabamos ficando unidas, muito amigas. Nós duas, Barbara Paes e Marisa Orth. Formamos um grupo que se chama “As Adoráveis Pecadoras”. Estamos sempre em contato. Sempre que podemos estar juntas, nos encontramos. Em uma dessas, eu estava em São Paulo, e Gaby falou: “Vem aqui em casa, vamos tomar um vinho.” Cheguei lá, ela começou a me mostrar umas músicas inéditas. Eu falei do meu álbum, que queria trazer mais latinidade, mostrei algumas canções que já tinha e, quando vimos, estávamos compondo. Fizemos duas músicas nesse dia. Uma delas foi “Cumbia Mel”. Ela perguntou: “Ah, ritmo latino, mas tipo o quê?” Eu disse: “Ah, tipo salsa, cumbia, bachata.” E ela falou: “Eu tenho uma cumbia que comecei o refrão”. Sentamos e fizemos o resto. Foi bate bola, as duas canetaram, as duas fizeram melodia. A princípio, gravei sozinha. Gaby estava em um momento corrido, recém tinha vencido o Grammy, mil shows, não parava. Eu queria que ela gravasse, mas estava me dando por vencida, achando que não ia rolar. Então, meu álbum atrasou. Um belo dia, ela me falou: “Amiga, cadê seu álbum?”. Eu respondi que atrasou e então ela disse: “Bora gravar, vai dar tempo”. Foi a cereja do bolo. Quando ela entra na faixa, brilha a leonina, chega chegando, tem o borogodó da música. Acho que a interpretação está toda nela. Pra mim é uma honra. Ela é uma rainha da Amazônia, do Pará, que está muito próximo da fronteira com a Colômbia. Eu queria justamente esse lugar: a cumbia tem a ver com o carimbó, a bachata tem a ver com o arrocha lento. Esses ritmos conversam, estão mais perto do que longe. Acho que é um pouco isso que meu disco propõe: afirmar o Brasil como mais um país latino-americano. Por isso, fez todo sentido a Gaby estar presente na faixa. Acho que a música tem toda uma coisa debochada, safada, que tem a ver com a vibe dela, engraçada, irônica. Foi um feat perfeito.

Com o Fran já foi outra história. Essa música que gravamos, “Romance”, foi a última a entrar no álbum. Do ano passado pra cá, estou fazendo aula de dança de salão. Tem muitos ritmos latinos e essa coisa de dançar junto, que gosto muito. Queria que o trabalho pudesse ser um pouco isso: um álbum para as pessoas dançarem juntas. Aí falei: “Cara, não dá pra não ter um zouk nesse álbum, porque é um ritmo super latino, super romântico, essa energia de água e fogo, super feminino”. Falei com o Felipe Cordeiro pra fazer comigo. Sentia que ainda faltava firmar o romance no disco, porque ele começou com “De Conchinha com a Diaba”, que é uma música mais safada, de piranha. “Romance” foi a última a ser feita. Ao longo do processo de composição, fui entendendo que a narrativa do álbum era mais profunda, com paixões e encontros. Faltava dizer que esse álbum também é sobre esse lado mais amoroso. Falei para o Felipe: “Quero fazer um zouk que o nome seja ‘Romance'”. Romero Ferro estava aqui em casa, mostrei algumas referências de zouk pro Felipe, ele me mandou o riff da música e falou: “Gente, estou cansado, vou dormir”. Isso já eram três horas da manhã. Então, fiz a melodia em cima do riff que ele me passou e o Romero fez a letra comigo. Eles são parceiros, autores junto comigo na faixa. Quando fui gravar, entendi que não tinha como não ter o violão do Felipe, porque a canção surgiu dele. O riff automaticamente te conecta com a frequência, com a energia da canção. Chamei ele para gravar. E o Fran é um cara do qual amo a voz. Já tinha vontade de gravar com ele desde o álbum antigo. Quase rolou, acabou não dando certo, mas dessa vez acho que teve mais a ver. Quando mandei pra ele, na hora ele respondeu: “Bora, eu amei! Vamos fazer”. Gosto muito do resultado. Acho que as vozes combinaram e ficou bonito.


Nas letras, o disco traz o desejo no centro. É um disco que pode ser ouvido como erótico, mas traz todo esse universo que você acabou de comentar: o amor, a paixão, o sexo, tudo que envolve essas relações com o outro. Pode comentar um pouco a respeito? 

Cara, eu acho que você já falou tudo, não preciso nem falar mais nada. Eu digo que esse álbum honra a minha Vênus em Leão. Acho que meus primeiros discos talvez estivessem muito conectados com o meu Sol em Virgem e outras coisas do meu mapa astral. Mas esse disco é o governo de Leão na Casa 3, que é a casa da comunicação. Então, tenho muito essa coisa que vem muito no palco também: da sensualidade, da feminilidade, da força, do brilho, do empoderamento. Eu queria que esse álbum fosse solar, que fosse muito coração e menos razão. Fui entendendo, a médio e longo prazo, que esse álbum bota em pé de igualdade tudo que em mim é pecado e tudo que em mim é sagrado. “Víbora Ligeira”, por exemplo, é uma música que fala de sexualidade e espiritualidade. Para mim, essa música fala de kundalini, não de uma forma explícita, mas metaforicamente. Estou falando do quanto a gente consegue atingir um poder pessoal e uma conexão espiritual quando exploramos nossa libido sem tabu. Esse disco é erótico e romântico. Eu sou essa pessoa: tenho meu lado safado, mas também tenho meu lado romântico. E queria que o álbum tivesse profundidade para falar desses assuntos, que ele não ficasse só em putaria. Nada contra, eu adoro, também adoro artistas que falam sobre isso. Mas eu queria que ele tivesse essa dimensão do envolvimento, da paixão, que é quando você se encanta com o universo do outro. Isso é algo que falo muito em “Dois por Engano”, que veio também a partir de um poema do Galeano. É um poema dele que chama “Os Amantes” e diz: “São dois por engano. A noite corrige”. Era isso que eu queria trazer: essa coisa de quando você se apaixona e quer virar um só com o outro. Mas também queria trazer aquele tempero, aquela coisa da conquista, do flerte.

Acho que o disco passa por esses vários lugares. “Pegando Brasa” já é uma canção que, para mim, fala sobre uma relação que já é estável, sobre a conquista do dia a dia. Dde manhã, o que eu tenho, eu te dou. À noitinha, você tem que roubar”. Quer dizer, eu já te dou, já é teu, mas também tem que roubar, porque também quero ser surpreendida, quero ser seduzida e conquistada. Não quero cair na monotonia. Tenho muito Mercúrio no meu mapa, sou virginiana com ascendentes em Gêmeos e essa Vênus em Leão, que gosta da paixão e do fogo. Queria falar da paixão como algo que pode ser essa luz que ilumina nossa vida, que faz a gente se sentir mais gostosa, mais poderosa, mais alegre, mais feliz por ter algo para dar, por ter algo para receber e por querer isso tudo. O desejo pode ser algo que impulsiona a gente pra frente. Só que quando não estamos suficientemente conectados com nós mesmos, esse sentimento pode ser autodestrutivo. Já falei dessa perspectiva autodestrutiva do amor, das relações doloridas. Agora, eu não queria falar de dor. Queria falar de coisas que as pessoas sentissem vontade de viver. Acho que o mundo já está muito doido. No momento, quero ouvir Djavan, Gilberto Gil, coisas que fazem meu dia ser mais leve. Então essa também foi uma busca no álbum: como posso falar sobre essas coisas de um lugar mais encorajador e menos fatal.


Para fechar, queria saber quais são as suas expectativas com o disco. O que você vai fazer com ele daqui pra frente? Projetos audiovisuais, shows, festivais. Se tiver algo que você possa adiantar…

Sem medo nem esperança. Ano que vem eu faço dez anos de carreira, que lancei meu primeiro disco. Já estou no mercado há dez anos. Então, certas ilusões eu não tenho mais, certos medos eu não tenho mais. Como disse Galeano, minhas expectativas são sem medo nem esperança. Quero cantar em todos os lugares que puder, fazer todos os festivais do mundo, colocar música em trilha de novela, ganhar Grammy. Tô com fogo no rabo. Só que também não quero que as coisas dependam disso pra eu me sentir realizada. Sou uma artista que já conquistou muita coisa, tenho respeito, tenho uma obra que gosto, um álbum novo que amo. E isso tem que ser o suficiente pra me manter em movimento, sempre em frente, conquistando territórios com entusiasmo. Já tem show de estreia no Rio, show de estreia em São Paulo. Vamos fazer Rock The Mountain. Tem mais algumas coisinhas fechando ainda. Artista independente depende de muitas coisas, de muita gente, e audiovisual é uma coisa cara que não dá um retorno objetivo. Por isso nem a Beyoncé tá lançando álbum com clipe, por exemplo, porque não dá um retorno financeiro. Dá um status pro artista, isso sim. Então é isso. Vou devagarinho, construindo o que for possível, nesse sentido.

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12/07/2024

Erick Bonder

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