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No final de semana passado, foi feita a Marcha da Maconha em São Paulo. Baseados falsos enormes em riste, bandeiras estampadas com a famosa folha da erva e cartazes pedindo sua legalização. Há certa lógica engraçada em levar um baseado do tamanho de um braço (ou dois - ou, por que não, três) para a rua e pedir a legalização da maconha.

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Mesmo a erva sendo proibida, o cara consegue montar um blunt do tamanho de uma garrafa pet: imagina se desse pra comprar numa lojinha da Paulista? Se o álcool fosse proibido, como já foi e ainda é em alguns países, os manifestantes arrastariam barris de cinquenta litros em passeatas, canecas do tamanho de um balde e afirmariam com um sorriso "a gente vai beber mesmo tudo isso um dia, de boa".

A exposição "A História da Cannabis: Uma planta proibida" na Matilha Cultural vai por outro caminho. Apresenta o contexto necessário, perspectiva histórica e insere a erva em uma linha do tempo longa o suficiente para te deixar confuso. Porque a história da cannabis é confusa. Os cachimbos são seculares, mas a proibição é relativamente recente.

Quem entra por acaso na exposição, pode achar estranho uma simples planta possuir uma história tão longa e controversa. Até porque quando se olham as peças norte americanas pós-Segunda Guerra, é fácil assumir através de filmes e livros que a cannabis é uma destruidora de vidas e ponto. Os livros expostos mostram capas onde a marihuana é uma vilã que, a partir da primeira tragada, corrompe a juventude e a pureza de qualquer um.

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Só que, partindo por essa lógica, meio que qualquer substância pode ser transformada em vilã. A exposição enumera, ao expôr peças do Hash Marihuana &amp; Hemp Museum que até então nunca tinham saído da Europa, todas as formas de se transformar qualquer coisa em algo ilegal - e, ao mesmo tempo, contrapõe isso com razões para não fazer grande caso apenas do seu potencial danoso, mas sim estudá-lo a fundo.

Ao caminhar pela exposição nota-se que a mesma erva que aparentemente destrói a juventude estampa um sorrisão no paciente médico que a usa em seu tratamento e oferece matéria-prima para diversos produtos na indústria.

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É muito fácil deixar-se levar pelos estereótipos do típico consumidor de cannabis, mas assim como Snoop Dogg e Cheech &amp; Chong oferecem mais profundidade do que aparentam à primeira vista, a história da cannabis é mais ampla do que a simples ostentação de baseados imensos. É uma história que, de certa forma, retrata o nosso relacionamento com substâncias, legais ou ilegais.

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A História da Cannabis: Uma Planta Proibida @ Matilha Cultural
Abertura: 13/05/2014, às 19h
Período expositivo: de 14 de maio até 04 de julho de 2014
De terça a domingo das 14h às 22h
Entrada gratuita e restrita para maiores de 18 anos. Documento de identidade obrigatório.

No final de semana passado, foi feita a Marcha da Maconha em São Paulo. Baseados falsos enormes em riste, bandeiras estampadas com a famosa folha da erva e cartazes pedindo sua legalização. Há certa lógica engraçada em levar um baseado do tamanho de um braço (ou dois &#8211; ou, por que não, três) para a rua e pedir a legalização da maconha.
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Mesmo a erva sendo proibida, o cara consegue montar um blunt do tamanho de uma garrafa pet: imagina se desse pra comprar numa lojinha da Paulista? Se o álcool fosse proibido, como já foi e ainda é em alguns países, os manifestantes arrastariam barris de cinquenta litros em passeatas, canecas do tamanho de um balde e afirmariam com um sorriso &#8220;a gente vai beber mesmo tudo isso um dia, de boa&#8221;.
A exposição &#8220;A História da Cannabis: Uma planta proibida&#8221; na Matilha Cultural vai por outro caminho. Apresenta o contexto necessário, perspectiva histórica e insere a erva em uma linha do tempo longa o suficiente para te deixar confuso. Porque a história da cannabis é confusa. Os cachimbos são seculares, mas a proibição é relativamente recente.
Quem entra por acaso na exposição, pode achar estranho uma simples planta possuir uma história tão longa e controversa. Até porque quando se olham as peças norte americanas pós-Segunda Guerra, é fácil assumir através de filmes e livros que a cannabis é uma destruidora de vidas e ponto. Os livros expostos mostram capas onde a marihuana é uma vilã que, a partir da primeira tragada, corrompe a juventude e a pureza de qualquer um.
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Só que, partindo por essa lógica, meio que qualquer substância pode ser transformada em vilã. A exposição enumera, ao expôr peças do Hash Marihuana &amp; Hemp Museum que até então nunca tinham saído da Europa, todas as formas de se transformar qualquer coisa em algo ilegal &#8211; e, ao mesmo tempo, contrapõe isso com razões para não fazer grande caso apenas do seu potencial danoso, mas sim estudá-lo a fundo.
Ao caminhar pela exposição nota-se que a mesma erva que aparentemente destrói a juventude estampa um sorrisão no paciente médico que a usa em seu tratamento e oferece matéria-prima para diversos produtos na indústria.
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É muito fácil deixar-se levar pelos estereótipos do típico consumidor de cannabis, mas assim como Snoop Dogg e Cheech &amp; Chong oferecem mais profundidade do que aparentam à primeira vista, a história da cannabis é mais ampla do que a simples ostentação de baseados imensos. É uma história que, de certa forma, retrata o nosso relacionamento com substâncias, legais ou ilegais.
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A História da Cannabis: Uma Planta Proibida @ Matilha Cultural 
Abertura: 13/05/2014, às 19h 
Período expositivo: de 14 de maio até 04 de julho de 2014 
De terça a domingo das 14h às 22h 
Entrada gratuita e restrita para maiores de 18 anos. Documento de identidade obrigatório.

No final de semana passado, foi feita a Marcha da Maconha em São Paulo. Baseados falsos enormes em riste, bandeiras estampadas com a famosa folha da erva e cartazes pedindo sua legalização. Há certa lógica engraçada em levar um baseado do tamanho de um braço (ou dois &#8211; ou, por que não, três) para a [&hellip;]

RESENHA | Exposição “A História da Cannabis”

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